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França vai destruir 30 mil hectares de vinhedos diante da queda na demanda global de vinho

País obteve R$ 720 milhões de financiamento da União Europeia para arrancar definitivamente as plantações. Mudanças climáticas também castigam o maior produtor de rótulos do mundo

France, Bourgogne-Franche-Comte, Burgundy, Cote-d'Or. Church on the Gran Cru route near Chably in autumn, aerial view. Prehy (Francesco Riccardo Iacomino/Getty Images)

France, Bourgogne-Franche-Comte, Burgundy, Cote-d'Or. Church on the Gran Cru route near Chably in autumn, aerial view. Prehy (Francesco Riccardo Iacomino/Getty Images)

Agência o Globo
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Publicado em 7 de outubro de 2024 às 13h14.

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A França, o maior produtor de vinho do mundo, obteve um financiamento de € 120 milhões (cerca de R$ 720 milhões) da União Europeia para arrancar parte dos vinhedos do país, à medida que a demanda global diminui.

A Comissão Europeia aprovou o financiamento para a remoção permanente das vinhas, a uma taxa de € 4 mil (R$ 24 mil) por hectare, de acordo com um comunicado do ministério da agricultura. Isso implicaria uma redução de cerca de 30 mil hectares, ou 4% do total, segundo um cálculo da Bloomberg.

"A situação do setor vinícola é realmente preocupante, com uma queda acentuada na previsão de colheita devido às mudanças climáticas, mas também com queda no consumo de vinho e com uma concorrência muito acirrada", disse o ministério.

O consumo global de vinho continua a diminuir, e a produção atingiu o menor nível em 60 anos no ano passado. Condições climáticas caóticas, padrões de consumo de bebidas em mudança e crescimento econômico mundial fraco estão prejudicando os produtores em todo o mundo.

A França possui 789 mil hectares de vinhedos, ou 11% dos vinhedos do mundo, de acordo com dados do Ministério da Agricultura do país. A produção deverá cair para entre 40 milhões e 43 milhões de hectolitros, abaixo dos cerca de 48 milhões do ano passado e abaixo da média dos últimos cinco anos, prevê o ministério.

O financiamento para destruir os vinhedos "oferece apoio imediato diante da crise de mercado que o setor enfrenta, contribuindo para o reequilíbrio dos volumes de produção em relação à demanda", segundo o comunicado.

 

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