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Fórum de Davos, salário digno e o que mais movimentou a semana em ESG

Caminhos para o crescimento econômico, salário digno no setor privado, racismo ambiental e Fórum de Davos foram alguns dos temas que se destacaram em ESG nesta semana

Desigualdade social fica evidente do Fórum de Davos a enchentes no Rio de Janeiro (imagem/Getty Images)

Desigualdade social fica evidente do Fórum de Davos a enchentes no Rio de Janeiro (imagem/Getty Images)

Marina Filippe
Marina Filippe

Repórter de ESG

Publicado em 20 de janeiro de 2024 às 08h10.

Entre segunda e sexta-feira, ocorreu  na Suíça o Fórum de Davos, encontro anual do Fórum Econômico Mundial. Com o tema "Reconstruindo a Confiança", o evento teve como representantes do Brasil as ministra Marina Silva e a ministra Nísia Trindade, mas não recebeu o presidente Lula e o vice-presidente Alckmin, por exemplo. 

Para Carlo Pereira, CEO do Pacto Global da ONU - Rede Brasil, que esteve no Fórum e falou à EXAME,  "o Brasil tanto fala sobre a necessidade de protagonismo para além de momentos como o G20, evento previsto para este ano, e a COP30, no ano que vem, mas perdeu oportunidades de não ter o chefe de estado ou uma casa específica do país na Avenida Promenade".

Pereira comentou ainda os eventos que acompanhou com executivos como CEO da Microsoft, Satya Nadella, que abordou a cooperação Sul-Sul Global, e Jean-Pascal Tricoire, Chairman da Schneider Electric, que lembrou que o salário digno é associado com outros temas ao considerar, por exemplo, que não há justiça climática quando tantas pessoas estão na zona da pobreza.

O Pacto Global da ONU aproveitou o Fórum para lançar uma plataforma de sistemas alimentares, desenhada há um ano e meio, inicialmente por representantes da Noruega, com co-criação do Brasil e participação de líderes empresariais e funcionários das agências ONU de 30 países. Leia a entrevista.

Crescimento econômico depende de inovação, inclusão e sustentabilidade, diz Fundação Dom Cabral

Existe um amplo potencial para crescimento econômico e melhorias do bem-estar social no mundo, mas é preciso romper com as bases de Produto Interno Bruto (PIB) atuais. É o que aponta um estudo divulgado nesta quarta-feira, 17, no Fórum Econômico Mundial, que acontece esta semana em Davos, na Suíça.

O trabalho é fruto de uma colaboração entre a Fundação Dom Cabral e o Fórum. A publicação considera quatro dimensões para sugerir um novo paradigma de crescimento futuro: inovação, inclusão, sustentabilidade e resiliência.

O País, que atinge a nota máxima 100 em recursos hídricos, fica com pontuações baixas para distribuição de renda (18,3), acesso a contas bancárias (11,8), patentes (2,4) e patentes verdes (1,6). Veja os detalhes. 

Salário digno: como a Natura calcula o mínimo que seus funcionários devem receber para viver bem

Para além da discussão de salário digno no Fórum de Davos, o tema ganhou força no Brasil, quando a fabricante de cosméticos Natura compartilhou o método para definir o piso salarial na empresa e mostrou como estabeleceu meta, atingida em 2023.
“O primeiro desafio foi estabelecer qual é o parâmetro comparativo porque sabemos que cada país tem uma realidade, e às vezes realidades distintas em um mesmo país”, explica Gleycia Leite, diretora de compensação, organização e gestão da Natura &Co.
A companhia buscou métricas que tivessem granularidade suficiente para respeitar essas diferenças e ter coerência. Uma das metodologias utilizadas foi a Integrated Profit & Loss Accounting (IP&L ou Contabilidade Integrada de Lucros e Perdas), lançada em 2022 e que consegue mensurar e monetizar o impacto dos negócios nos capitais humano, social e ambiental. Entenda os detalhes

Entenda a relação de racismo ambiental e enchentes no Rio de Janeiro

Os temporais no Rio de Janeiro causaram mortes e deixaram milhares de desalojados, além de ruas alagadas e casas destruídas. A tragédia trouxe ao centro do debate o conceito de racismo ambiental após as manifestações de ministros do governo diante da crise vivida pela população no estado.

“O conceito de racismo ambiental há décadas é objeto de estudos científicos. Ele visa a explicar a forma com que as catástrofes ambientais e a mudança climática afetam de forma mais severa grupos sociais política e economicamente discriminados que, por esse motivo, são forçados a viver em condições de risco” disse o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, também em postagem nas redes sociais. Entenda o que é o racismo ambiental e como ele se manifesta. 

4 em cada 10 motoristas consideram comprar um automóvel elétrico ou híbrido, afirma OLX

Segundo a ABVE, o Brasil emplacou em torno de 78 mil veículos elétricos entre os meses de janeiro e novembro de 2023 nas 10 principais cidades do país. São Paulo é o município com a maior frota de automóveis eletrificados do país em 2023, com cerca de 13 mil unidades e 17% de participação na frota nacional de carros elétricos (share), seguido de Brasília e Rio de Janeiro. Veja mais resultados do estudo

Acompanhe tudo sobre:SaláriosDavosSustentabilidade

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