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O projeto foi implementado em 2023 e o plano é chegar a 121 sensores em quatro anos (Secretária Municipal de Fortaleza/Divulgação)
Repórter de ESG
Publicado em 20 de março de 2025 às 12h24.
Última atualização em 20 de março de 2025 às 12h26.
A poluição atmosférica é uma preocupação de saúde pública em Fortaleza, onde 45% das mortes naturais na cidade podem estar associadas ao problema.
Visando melhorar a qualidade do ar, a prefeitura implementou um projeto em parceria com a Universidade Federal do Ceará ainda em 2023 para instalar sensores de monitoramento em 30 pontos da capital. Em quatro anos, o plano é chegar a 121 sensores.
O objetivo é avaliar e reunir dados sobre as concentrações de partículas suspensas no ar dentro dos níveis PM10 e PM2,5 recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e alavancar o desenvolvimento de políticas públicas.
A iniciativa vem colhendo bons frutos e ganhou um prêmio nesta quinta-feira (20) durante Cúpula em Paris, na França, realizado pela PHC (Partnership for Healthy Cities), uma aliança global de 'cidades saudáveis' apoiada pela Bloomberg Philanthropies e em parceria com a OMS e a Vital Strategies.
O evento reuniu prefeitos e representantes de 61 cidades da rede para discutir questões urgentes de saúde pública e compartilhar estratégias e soluções para desenvolver comunidades mais resilientes e saudáveis. Além de Fortaleza, Córdoba, na Argentina, e Greater Manchester, no Reino Unido, também foram reconhecidos por suas ações.
O projeto na capital cearense faz parte de uma política intersetorial de vigilância da qualidade do ar, que também contempla sistemas de alertas à população em casos de alta concentração de poluentes ou ocorrência de incêndios.
Atualmente, a cidade se enquadra dentro da recomendação da OMS de partículas suspensas na atmosfera (50 µg/m³ como média diária) e chegou em 2024 ao patamar de melhor qualidade do ar do relatório da empresa IQAir entre 38 municípios.
Michael Bloomberg, fundador da Bloomberg L.P. e Bloomberg Philanthropies, destacou que as doenças não transmissíveis, como doenças cardíacas, câncer e diabetes, além de lesões, são responsáveis por mais de 80% de todas as mortes no mundo -- mas a boa notícia é que elas são totalmente preveníveis.
“As cidades vencedoras deste ano provam que é possível avançar com liderança forte e vontade política, e estamos ansiosos para ver cada vez mais resultados de seus esforços", disse em nota.
Em Córdoba, o projeto reconhecido proibiu bebidas com açúcar e ultraprocessados em 60% das cantinas escolares e oferece em troca produtos regionais e locais.
Já em Grande Manchester, no Reino Unido, houve a expansão do número de áreas abertas livres de fumo visando a redução do tabagismo e a abertura do primeiro parque sem fumantes.