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Fechamento de usinas de carvão na UE até 2038 abre espaço para expansão de data centers tecnológicos

Empresas de tecnologia e concessionárias europeias reutilizam locais antigos para atender à crescente demanda energética gerada pela inteligência artificial

Antigas usinas termelétricas da Europa serão transformadas em data centers para IA (Leandro Fonseca/Exame)

Antigas usinas termelétricas da Europa serão transformadas em data centers para IA (Leandro Fonseca/Exame)

Publicado em 6 de agosto de 2025 às 13h53.

A maioria das 153 usinas de carvão e gás da Europa está programada para encerrar as operações até 2038, em cumprimento às metas climáticas, somando-se às 190 unidades já fechadas desde 2005, segundo dados da ONG Beyond Fossil Fuels.

Com esse cenário, empresas de tecnologia como Microsoft e Amazon planejam reutilizar esses locais para instalar data centers, que exigem grande fornecimento de energia e sistemas eficientes de resfriamento.

Empresas como a francesa Engie, a alemã RWE e a italiana Enel buscam aproveitar a infraestrutura dessas usinas para atender à crescente demanda de energia provocada pelo avanço da inteligência artificial. Além de garantir contratos de fornecimento de energia de longo prazo com operadoras, essas companhias promovem a conversão dos locais em centros de dados, reduzindo custos e riscos associados ao desligamento das instalações antigas.

A estratégia permite que concessionárias de serviços públicos compensem os custos do fechamento das usinas, além de possibilitar investimentos futuros em energia renovável. Para as empresas de tecnologia, os antigos locais oferecem infraestrutura pré-existente, como conexões à rede elétrica e sistemas de resfriamento, fatores essenciais para a operação das data centers.

Usinas térmicas impulsionam data centers

Usinas termelétricas oferecem acesso imediato à energia e água, recursos fundamentais para o funcionamento dos data centers, especialmente no setor de inteligência artificial. Bobby Hollis, vice-presidente de energia da Microsoft, destaca em reportagem à Reuters que essas instalações já têm infraestrutura hídrica e sistemas de recuperação de calor que facilitam a conversão.

Além de arrendar os terrenos, as concessionárias podem construir e operar os centros de dados, garantindo receitas estáveis e reduzindo riscos, segundo Simon Stanton, executivo da RWE. A demanda crescente por energia limpa leva as empresas de tecnologia a pagar prêmios de até 20 euros por megawatt-hora para garantir eletricidade de baixo carbono.

"É mais sobre o relacionamento de longo prazo, o relacionamento comercial que você consegue ao longo do tempo e que lhe permite reduzir riscos e garantir seus investimentos em infraestrutura", disse Stanton.

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