ESG

Expo Favela: 2023 será o ano do empreendedorismo social

Maior feira de negócios em favelas do Brasil promete ser ainda mais impactantes no próximo ano

Favela da Rocinha, no Rio de Janeiro (iStockphoto/Getty Images)

Favela da Rocinha, no Rio de Janeiro (iStockphoto/Getty Images)

RC

Rodrigo Caetano

Publicado em 28 de novembro de 2022 às 13h19.

Última atualização em 29 de novembro de 2022 às 10h42.

O próximo ano promete ser de muitos desafios. E, na base da pirâmide, os desafios são ainda maiores, haja visto o impacto da pandemia na economia da favela. Apesar de tudo isso, se reinventar continua sendo o maior ativo desses territórios. Um exemplo dessa resiliência é a Expo Favela, que, mesmo em plena pandemia, foi palco de um grande encontro entre startups e investidores. Em 2023, o evento promete ser muito maior.

Empresas como Nubank, Carrefour, Gol, iFood, Ambev, VR, Mondelez, Ultragaz, Vai Voando, Facily, Vivo, Real Cestas, Ticket, além de entidades como Sesi e Oliveira Foundation, entre outras, embalaram a onda do evento este ano, e provavelmente estarão novamente. A grande novidade é que a InFavela, produtora da Expo, decidiu em concordância com as marcas não permitir conflitos de concorrentes, mas um conceito de harmonia entre elas. As marcas não estarão na mesma categoria, mas poderão estar apoiando o evento, mesmo que sejam concorrentes, já que terão entregas distintas.

A Expo Favela promete ser tão potente que ocorrerá na maioria dos estados brasileiros e, por onde passar, vai selecionar empreendedores para a etapa nacional, que acontece em outubro, no Expo Center Norte, em São Paulo. Grupos poderosos como CNI, Sebrae, Caixa Econômica já sinalizaram que estarão no evento, além, é claro, da Fundação Dom Cabral, que foi parceira no primeiro ano. Cada estado escolherá sua melhor data, desde que sua versão ocorra até o dia 30 de julho de 2023.

A etapa de São Paulo já está mais do que confirmada e será nos dias 15, 16 e 17 de março no WTC - Sheraton. A produção espera repetir o sucesso deste ano, apesar de ser uma versão local. Seja como for, a base da pirâmide pulsa tanto consumindo, quanto produzindo e empreendendo, e uma das formas mais eficazes de combater as desigualdades é, precisamente, gerando renda nesta camada. Afinal, quando se pensa em empreendedores, naturalmente, estaremos falando de colaboradores. Então que venha março, que venha outubro que venha a Expo Favela 2023.

*Celso Athayde é CEO da Favela Holding e fundador da Central Única das Favelas (Cufa)

Acompanhe tudo sobre:Favelas

Mais de ESG

Com programa de pontos e acesso a salas VIP, BTG Pactual aposta na sofisticação com Cartão Ultrablue

Reunião de Lula e Haddad e a escolha de Scott Bessent: os assuntos que movem o mercado

Do dólar ao bitcoin: como o mercado reagiu a indicação de Trump para o Tesouro?

Entenda os principais acordos da COP29 em Baku