ESG

Ex-executivo do Walmart cria startup para racionar o uso de papelão no e-commerce

O aumento das compras online durante a pandemia criou pilhas de caixas nas portas de casas nos Estados Unidos. Um ex-executivo do Walmart especialista em logística criou um negócio para reduzir as montanhas de papelão

Pessoas descobriram uma forma de ganhar dinheiro com a internet servindo apenas como intermediário (Emilija Manevska/Getty Images)

Pessoas descobriram uma forma de ganhar dinheiro com a internet servindo apenas como intermediário (Emilija Manevska/Getty Images)

LB

Leo Branco

Publicado em 18 de fevereiro de 2021 às 09h43.

O aumento das compras online durante a pandemia criou pilhas de caixas nas portas de casas nos Estados Unidos. Um ex-executivo do Walmart e especialista em logística quer reduzir as montanhas de papelão.

Nate Faust, que por anos trabalhou ao lado do responsável pelas vendas online do Walmart Marc Lore, que saiu da empresa recentemente, estreou na quarta-feira um serviço de entrega chamado Olive, que consolida pedidos de marcas de moda como Michael Kors, Coach e Stuart Weitzman.

O serviço reunirá itens de mais de 100 marcas em seus dois centros, onde as caixas serão recicladas enquanto as mercadorias são enviadas aos consumidores sem custo extra em um contêiner reutilizável.

Faust, de 41 anos, reconhece que os clientes terão que esperar mais para receberem seus pedidos. Mas ele aposta que consumidores abastados e frequentes que lideram as compras de moda online não se importarão em esperar alguns dias extras para obter todas as compras em uma embalagem organizada. Itens indesejados podem ser devolvidos na mesma embalagem na porta de casa.

Ele teve a ideia de criar a Olive depois de observar pilhas de papelão nas calçadas de seus vizinhos em uma rua em Nova Jersey.

“Pensei: ‘Isso é loucura, depois de anos de comércio eletrônico, ainda é a experiência de entrega status quo'”, disse Faust, que cofundou a Jet.com com Lore antes de vendê-la ao Walmart por 3,3 bilhões de dólares em 2016. Com a Olive, “é assim que o e-commerce deve funcionar, do ponto de vista do consumidor e de uma perspectiva ambiental”.

A Olive, que opera tanto como um aplicativo quanto como uma extensão no navegador em sites de parceiros, lucra ao receber cerca de 10% de cada pedido que consolida de suas marcas afiliadas, que incluem Adidas, Everlane e Hunter. O serviço conta com a Primary Venture Partners, Invus e SignalFire entre seus investidores.

A Olive, por sua vez, paga sua rede de transportadoras, que cuida das entregas e devoluções. Os clientes dizem à Olive quais itens não querem e, em seguida, deixam a caixa reutilizável na entrada da residência.

“Você não precisa imprimir a etiqueta ou ir até a FedEx”, disse Faust, que deixou o Walmart em março de 2020.

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