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Cidade de São Paulo: paulistas apontam o custo de vida como principal problema da cidade (Ricardo Funari/Brazil Photos/LightRocket/Getty Images)
Rodrigo Caetano
Publicado em 13 de novembro de 2020 às 15h30.
Última atualização em 13 de novembro de 2020 às 15h41.
O que faria uma pessoa a mudar de cidade? Segundo um estudo da consultoria Capgemini, no Brasil, segurança, mobilidade e custo de vida são os principais motivos. O trabalho entrevistou mais de 1.000 pessoas em cinco cidades brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte e Curitiba.
A mobilidade, especificamente o tempo gasto para ir e voltar do trabalho, é o primeiro problema apontado pelos cidadãos de todas as cidades. O segundo problema separa as cidades em dois grupos. Paulistas, brasilienses e belorizontinos apontam o custo de vida e a falta de crescimento econômico; cariocas e curitibanos estão mais preocupados com a segurança.
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O estudo também analisa cidades estrangeiras. Cidadãos de Londres, Berlim, Amsterdam e Los Angeles deixaram suas cidades em razão da falta de segurança. A mobilidade é o problema em Roma, Madri e Nova York. Apenas os parisienses apontam a sustentabilidade como o principal motivo para mudar.
As cidades em que os moradores menos desejam sair são: Viena, na Áustria; Linkoping, na Suécia; Tampere, na Finlândia; Bristol, na Inglaterra; e Zurique, na Suíça.
Como conclusão do estudo, a Capgemini aponta que a demanda por soluções de cidades inteligentes é crescente no mundo todo. Cada vez mais as pessoas desejam usar a tecnologia para facilitar o dia a dia, e esperam que os governos ofereçam essas facilidades, especialmente serviços online e por aplicativos.
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No mundo, 58% das pessoas querem morar em uma cidade inteligente. No Brasil, 74% acreditam que a tecnologia vai melhorar a qualidade dos serviços públicos, 69% apontam que a qualidade de vida irá melhorar, e 77% pensam que, em uma cidade inteligente, seu desempenho no trabalho irá melhorar.
Pessoas que tiveram contato com soluções tecnológicas para as cidades também são mais felizes, se consideram melhor de saúde e mais seguras. Segundo a pesquisa, 80% dos brasileiros acreditam que uma cidade inteligente atrai uma força de trabalho mais qualificada e empregos melhores.
Os cidadãos brasileiros também estão dispostos a pagar mais pela tecnologia. Entre os entrevistados, 53% aceitam essa possibilidade, percentual apenas superado pela Índia. Suecos, holandeses e franceses são os menos propensos a abrir o bolso — talvez por já terem uma alta carga tributária. Paulistas, cariocas e belorizontinos estão mais disposto a pagar por segurança. Os brasilienses, demandam mobilidade. Já os curitibanos consideram dispor de um valor maior no abastecimento de água.
Além de ser a maior cidade do país, São Paulo também é a mais inteligente e conectada do Brasil em 2020. É o que mostra o Ranking Connected Smart Cities. Das seis edições do ranking, a capital paulista ficou em primeiro lugar também em 2016 e 2017. No ano passado, Campinas ocupou a primeira posição, e em 2018 foi Curitiba.
O ranking com as cidades mais inteligentes e contactadas é o resultado de um estudo elaborado pela consultoria Urban Systems, em parceria com a Necta. No total, foram mapeados 673 municípios com mais de 50.000 habitantes. O objetivo é identificar as cidades com maior potencial de desenvolvimento no país.
A avaliação levou em conta 70 indicadores que passam por mobilidade, meio ambiente, urbanismo, tecnologia, empreendedorismo e economia. Do total de quesitos, 69 ganharam o peso 1. Apenas o indicador de escolaridade do prefeito é que teve peso de 0,5. Com isso, a pontuação máxima é de 69,5.
São Paulo se destacou em quatro principais indicadores: urbanismo (ficou em segundo lugar); empreendedorismo (segundo); economia (quinto); e governança (12º).