ESG

Apoio:

Logo TIM__313x500
logo_unipar_500x313
logo_espro_500x313
ONU_500X313 CBA
ONU_500X313 Afya
ONU_500X313 Pepsico
Logo Lwart

Parceiro institucional:

logo_pacto-global_100x50

Entramos tarde no combate ao desmatamento, diz Mourão sobre Amazônia

Vice-presidente tem agido para mudar a imagem da política ambiental do governo no exterior, onde a gestão Jair Bolsonaro é alvo de críticas

Mourão: Governo federal tem um plano de diminuir os níveis de desmatamento ainda em 2020 (Romério Cunha/VPR/Divulgação)

Mourão: Governo federal tem um plano de diminuir os níveis de desmatamento ainda em 2020 (Romério Cunha/VPR/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de setembro de 2020 às 12h23.

Última atualização em 4 de setembro de 2020 às 12h23.

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, reconheceu nesta sexta-feira, 4, dificuldades do governo na área ambiental em relação às queimadas e ao desmatamento da Amazônia. "Nós entramos tarde no combate ao desmatamento", afirmou, durante debate organizado pelo jornal O Estado de São Paulo.

Mourão, que também preside o Conselho Nacional da Amazônia Legal, tem agido para mudar a imagem da política ambiental do governo no exterior, onde a gestão Jair Bolsonaro é alvo de críticas.

Segundo Mourão, a Operação Verde Brasil 2, que usa as Forças Armadas no combate ao desmatamento, só "entrou pra valer no terreno" na segunda semana de junho deste ano, mas o governo federal tem um plano de diminuir os níveis de desmatamento ainda em 2020. Ele ainda destacou que esse aumento do esforço para frear a devastação da floresta coincidiu com a crise causada com a pandemia do novo coronavírus.

"O objetivo é chegarmos com o desmatamento e as queimadas abaixo da média ou dos mínimos históricos que já tivemos anteriormente" afirmou. Ele também destacou que o papel das Forças Armadas no combate ao desmatamento é apoiar os órgãos ambientais na fiscalização. "O Exército não assumiu nada, mas (atua) dando apoio para que Ibama e ICMbio possam exercer suas atividades", disse Mourão, lembrando que os dois órgãos têm sofrido com equipes reduzidas nos últimos anos.

O vice-presidente também defendeu a participação das empresas na defesa da Amazônia. "É fundamental que o setor privado trabalhe lado a lado", disse. A tarefa do governo, acrescentou, "é criar um ambiente de negócios estável, amigável, desregulando, desburocratizando", além de dar "segurança política" aos investidores.

Ainda segundo ele, é preciso que o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), órgão ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia, aperfeiçoe suas ferramentas para monitorar o desmate. "O trabalho do Inpe não usa inteligência artificial", disse. O monitoramento da perda de cobertura vegetal feito pelo instituto tem sido questionado por integrantes do governo Bolsonaro desde o ano passado.

Acompanhe tudo sobre:AmazôniaHamilton MourãoICMBioInpe - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

Mais de ESG

"Apenas 1% do que é anunciado nas Cúpulas do Clima chega nos povos indígenas", diz Sonia Guajajara

Indique Uma Preta: consultoria que nasceu no Facebook já impactou 27 mil profissionais negros

A COP29 está no limite e o fracasso não é uma opção, diz Guterres

O chamado de Gaia: o impacto da crise climática sobre as mulheres