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Eduardo Sattamini, diretor-presidente da Engie (Leandro Fonseca/Exame)
Jornalista
Publicado em 18 de junho de 2024 às 07h00.
Última atualização em 21 de junho de 2024 às 13h39.
Em 2023, a Engie Brasil Energia, geradora de energia, se desfez da última operação a carvão com a conclusão da venda da Usina Termelétrica Pampa Sul. Com o negócio, a companhia passou a ser uma geradora de energia elétrica 100% renovável — a maior do país —, com investimentos apenas para a ampliação da capacidade instalada de fontes limpas na matriz nacional.
A jornada começou em 2016. De lá para cá, foram mais de 20 bilhões de reais investidos em empreendimentos de energia eólica e solar, além de infraestrutura de transmissão. Eduardo Sattamini, diretor-presidente e de Relações com Investidores, avisa: “Seguiremos este plano de crescimento virtuoso para os negócios e para o país”.
A aposta em fontes diversificadas de energia — hídrica, eólica, solar e biomassa —, além de um novo sistema de transmissão, vai demandar, segundo previsão, um aporte de 14 bilhões de reais até 2026. Sattamini diz que a geração e o compartilhamento de valor pela companhia são pautados na sustentabilidade.
“Estamos certos de que não há outro caminho senão o foco em ESG. Temos um mandato do Grupo Engie para atuar no sentido de promover as melhores práticas em favor das pessoas e do planeta, ao mesmo tempo que geramos retorno aos nossos investidores”, diz. Segundo o executivo, não é difícil conjugar esses interesses. “Nossos investidores querem uma empresa perene, por isso sustentável em todos os aspectos.”
Paralelamente aos investimentos em infraestrutura para a produção de energia limpa, a Engie tem destinado parte dos esforços ao relacionamento com as comunidades do entorno de suas operações. “Nossas prioridades são as comunidades das quais fazemos parte, que estão próximas aos nossos ativos, operacionais e em implantação, sendo as áreas de investimento social focadas no acesso à educação, à cultura, ao esporte, além da proteção da infância e da juventude e a geração de renda”, detalha Sattamini.
Além de identificar os desafios socioambientais de cada local, a Engie traça estratégias e desenvolve programas de longo prazo para superá-los. Por exemplo, por meio da geração de oportunidades aos jovens e do acolhimento dos mais vulneráveis, com o desenvolvimento de programas específicos para as comunidades.
Ou, então, com a adesão a iniciativas bem estruturadas encabeçadas por terceiros que tenham boas práticas éticas, de gestão, e controles adequados de resultados. Os recursos destinados à responsabilidade social são distribuídos entre programas estruturantes e projetos pontuais, como a implantação e operação de Centros de Cultura, o Programa de Apoio à Educação e o Programa Mulheres do Nosso Bairro.
A empresa conta, ainda, com o Programa Parcerias do Bem, que convida clientes e parceiros a se engajarem nas iniciativas de responsabilidade social. Em 2023, chegou-se a um total de 100 parceiros ativos e cerca de 5,4 milhões de reais investidos em ações para geração de renda, educação e cultura.
Intramuros, a companhia tem acelerado iniciativas para garantir um ambiente de trabalho saudável, seguro e inclusivo, que fomente o desenvolvimento e a prosperidade. Segundo a empresa, em 2023 houve um aumento de 2,7 pontos percentuais no número de mulheres no quadro funcional, passando para 29,4% do total de colaboradores. A taxa de crescimento foi maior quando se analisa a presença feminina em cargos de liderança — de 23,2% em 2022 para 27,6% no ano passado. “Diferentes ações que acompanham toda a trilha de carreira das mulheres foram implementadas para isso, e queremos alcançar o equilíbrio de gênero em nossa companhia até 2030”, sinaliza o diretor-presidente.