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Geração distribuída: o maior desconto disponível ao cliente em geração distribuída (GD) por distribuidora é a CEAL (Equatorial Energia), localizada no estado do Alagoas (AL) (BK Brasil/Divulgação)
Repórter de ESG
Publicado em 7 de julho de 2023 às 10h00.
O sistema desenvolvido pela Clean Energy Latin America (CELA), consultoria especializada em assessoria financeira para investimento no setor elétrico, aponta que os cinco primeiros colocados em maior desconto disponível ao cliente por geração distribuída (GD) são: CEAL (Equatorial Energia), localizada no estado do Alagoas (AL), com 63,5%; CEA (Companhia de Eletricidade do Amapá) com 62,9%; seguida por CELPA (Equatorial Energia Pará) com 61,8%, Energisa (no Mato Grosso do Sul) com 60,4% e CELPE (Neoenergia Pernambuco) com 59,7%.
Estes são os dados apresentados na nova plataforma da CELA que, inicialmente, será gratuita aos usuários. A nova ferramenta tem como objetivo ser uma fonte de pesquisa para empresas, fundos, instituições financeiras e investidores. Desenvolvida pela companhia, o sistema leva em consideração a Lei 14.300/2022, que está em vigor desde janeiro deste ano, e que trouxe mudanças regulatórias sobre uma série de cobranças tarifárias e regras aos novos sistemas fotovoltaicos instalados.
No sistema da CELA há dados históricos sobre o setor de energia elétrica a partir de telhados e usinas solares. Ainda segundo os dados fornecidos, que analisam um histórico de investimentos de mais de dez anos do mercado brasileiro de geração distribuída, a tarifa média das distribuidoras é de cerca de R$ 912,03 por MWh (megawatt hora). Enquanto a tarifa média de gerador da geração distribuída é de R$ 421,55 MWh.
O sistema implementado na plataforma conta com atualizações mensais tendo como base as tarifas publicadas por cada área de distribuição energética, levando em consideração a atratividade. Com isso, a CELA traz, em tempo real, as tendências de mercado e a atratividade financeira de projetos de geração distribuída em diferentes locais e modelos, como autoconsumo, autoconsumo remoto e geração compartilhada.
“Os indicadores de atratividade da plataforma poderão fazer evoluir a rota de investimentos em projetos de GD nas várias regiões brasileiras e, assim, abrir novas possibilidades de atuação estratégica para as empresas em termos de estratégias e modelos de negócios”, diz Camila Ramos, CEO da CELA. “A plataforma também será um bom indicador para a tomada de decisão de fusões e aquisições no segmento”, acrescenta.
De acordo com as indicações do sistema, para empreendimentos de geração compartilhada de 700 kilowatts (kW), com direito adquirido (GD I), as áreas de distribuição com possibilidade de ofertar maior desconto ao consumidor são as seguintes: Minas Gerais, Alagoas, Amapá, Mato Grosso do Sul e Pernambuco.
Já o índice de atratividade leva em consideração alguns critérios, como regulação do modelo de negócios, tamanho do projeto, como indicado pela Lei 14.300. Também constam as tarifas das distribuidoras, fatores de produção de acordo com variações de projetos em telhados, estruturas fixas e outros – além de operação e manutenção (O&M), o capex e os impostos sobre a energia e as isenções tributárias de cada estado e cada modelo de geração distribuída.