Apoio:
Parceiro institucional:
(Andres Stapff/Reuters)
Redação Exame
Publicado em 29 de novembro de 2023 às 18h00.
Última atualização em 26 de agosto de 2024 às 16h05.
A energia eólica é uma forma sustentável de geração de eletricidade, aproveitando a força dos ventos para impulsionar turbinas e gerar energia limpa.
Este artigo explora os fundamentos desse tipo de energia, seu funcionamento, desde a captura do vento até a produção de eletricidade, e destaca suas vantagens ambientais, econômicas e tecnológicas na busca por fontes renováveis.
A energia eólica é uma forma de energia renovável obtida a partir da força dos ventos. Esse recurso natural é capturado por meio de turbinas eólicas, também conhecidas como aerogeradores, que convertem a energia cinética do vento em eletricidade.
Cada turbina é equipada com pás que, ao serem impulsionadas pelo vento, fazem um rotor girar. Esse movimento é então transferido para um gerador, onde a energia mecânica é convertida em eletricidade.
A captura de energia nessa modalidade é especialmente eficaz em locais estrategicamente escolhidos, como colinas, planícies ou áreas costeiras, onde os ventos são mais constantes e intensos.
Além de ser uma fonte limpa e renovável, esse tipo de energia contribui significativamente para a redução das emissões de gases de efeito estufa, desempenhando um papel crucial na transição para uma matriz energética mais sustentável – assim como tecnologias como a do hidrogênio verde, por exemplo.
A expansão da energia eólica tem sido notável globalmente, destacando-se como uma alternativa viável e economicamente competitiva para a geração de eletricidade.
A origem da energia eólica remonta a milênios, quando os seres humanos começaram a aproveitar o poder do vento para impulsionar embarcações movidas por velas. Contudo, a utilização dessa força para gerar eletricidade moderna começou no final do século XIX.
O inventor escocês Charles Brush construiu a primeira turbina eólica conectada a um gerador elétrico em 1888, marcando o início da geração de eletricidade a partir da energia cinética do vento.
Ao longo do século XX, o desenvolvimento tecnológico aprimorou as turbinas eólicas, culminando na criação de grandes parques eólicos em terra e no mar.
As décadas recentes testemunharam um crescimento exponencial da capacidade instalada de energia eólica globalmente, impulsionado por avanços na eficiência das turbinas, na logística de instalação e nas políticas favoráveis às energias renováveis.
A evolução contínua da energia eólica é evidente na sofisticação das turbinas modernas, capazes de capturar ventos em alturas elevadas e gerar eletricidade de forma mais eficiente
Para entender como funciona a energia eólica, é preciso entender, primeiramente, que ela é gerada pela conversão da energia cinética do vento em eletricidade. O processo se inicia com as turbinas eólicas, estruturas equipadas com hélices ou pás que capturam a força dos ventos em movimento.
Quando o vento faz as pás girarem, um eixo conectado ao rotor transfere a energia mecânica resultante para um gerador elétrico, onde é convertida em eletricidade.
Os aerogeradores, como são conhecidos os conjuntos de torres e turbinas, são estrategicamente posicionados em locais com ventos consistentes e de boa intensidade, como colinas ou áreas costeiras.
Sistemas de controle automatizado ajustam a orientação das pás para otimizar a captação de vento e maximizar a eficiência da geração de eletricidade.
A eletricidade produzida é então conduzida por cabos até subestações, onde é ajustada e integrada à rede elétrica. A intermitência do vento é gerenciada por tecnologias de armazenamento de energia ou por meio da combinação com outras fontes de energia, garantindo um fornecimento estável.
Esse processo, sustentável e livre de emissões diretas, destaca esse tipo de energia como uma solução essencial na transição para uma matriz energética mais limpa e renovável.
Junto com técnicas de reciclagem e consumo consciente, é possível controlar o avanço das mudanças climáticas no mundo.
A energia eólica oferece diversas vantagens, tornando-se uma alternativa atrativa na matriz energética global. No entanto, também existem pontos negativos. Veja abaixo as vantagens e desvantagens da energia eólica.
Em primeiro lugar, é uma fonte limpa e renovável, contribuindo para a redução das emissões de gases de efeito estufa.
Além disso, é uma tecnologia estabelecida, com baixos custos operacionais e impactos ambientais menores em comparação com fontes tradicionais de energia.
A modularidade é outra vantagem significativa desse tipo energético, permitindo a implementação em diferentes escalas, desde parques eólicos de grande porte até sistemas de pequena escala para comunidades remotas.
A disponibilidade de recursos eólicos em regiões diversas também amplia sua aplicabilidade global. Essa e outras práticas, como a reciclagem de resíduos sólidos, podem ajudar muito a natureza.
Entretanto, a energia eólica não está isenta de desafios. A variabilidade do vento é uma das principais desvantagens, afetando a consistência da produção de eletricidade.
Isso demanda soluções de armazenamento de energia e tecnologias de previsão mais avançadas. Além disso, a necessidade de grandes áreas para parques eólicos pode gerar conflitos de terra e impactos visuais.
A questão da vida útil das turbinas eólicas e a gestão adequada dos resíduos provenientes da sua desativação também são desafios a serem enfrentados.
O ruído gerado pelas turbinas e seus possíveis efeitos na fauna local também suscitam preocupações ambientais.
Até outubro de 2022, a energia eólica no Brasil atingiu uma capacidade instalada de 23,3 GW, ultrapassando a Usina de Itaipu, com 14 GW.
Em 2021, o país era o 7º em potência instalada (21 GW) e o 4º maior produtor global (72 TWh), ficando atrás apenas da China, EUA e Alemanha. Com mais de 750 parques eólicos e 10 mil aerogeradores, representava 10,95% da potência total instalada.
Estados como Rio Grande do Norte e Bahia lideravam a produção. A modalidade energética eólica, considerada "limpa", é explorada para a produção de hidrogênio "verde". O potencial eólico brasileiro é mais intenso de junho a dezembro, complementando a geração hidrelétrica durante períodos de chuvas escassas.
Em 2009, 10 projetos estavam em construção, atingindo 2.139 MW em 2010. O Brasil busca tornar essa modalidade de energia uma fonte primária, com investimentos significativos e parcerias internacionais, sendo a General Electric uma presença relevante.
A capacidade instalada saltou de pouco mais de 25 MW em 2005 para 4.500 MW em 2014, evitando 4 milhões de toneladas de CO2 anualmente. O uso desse tipo de energia pode ajudar a conter as mudanças climáticas em andamento no planeta.
Você quer saber mais a respeito de energia limpa e outras práticas sustentáveis? Então aprenda mais lendo os artigos abaixo:
Leia também: