Descarte de resíduos: empresa mapeia 4 desafios e possíveis caminhos para que países e empresas lidem com as embalagens e circularidade (Ambev/Divulgação)
Muitas empresas estão repensando sua forma de produzir embalagens. Por isto, a Bain & Company, consultoria global sobre o futuro dos negócios, realiza nova pesquisa sobre a circularidade de embalagens. Segundo os dados coletados, apenas 7% das empresas têm sucesso ao lidar com embalagens, enquanto 80% delas relatam que seus programas de sustentabilidade precisam de mais direcionamento para se tornarem efetivos.
Segundo a Bain, existem alguns caminhos possíveis para os EUA, Reino Unido e União Europeia, China e Brasil, onde a economia levarão para uma mudança dos materiais utilizados e criação de produtos alternativos, onde a reciclagem é parte integral da produção. Outra opção é que o avanço da circularidade desenvolva a indústria de reciclagem.
Por este cenário desafiador, a Bain reuniu 5 desafios que interferem no sucesso de iniciativas para reciclagem:
Diferentes países estão em variados estágios quando o assunto é circularidade de embalagens. Alguns países da União Europeia, China e estados dos EUA já se preocupam com a questão e tentam aplicar alternativas para lidar com a situação. Atualmente, no Brasil, pelo menos 22% das embalagens têm a obrigatoriedade de serem recicladas, mas sem a diferenciação de materiais. Por esse motivo, dados da pesquisa afirmam que 77% da população espera que a legislação seja mais rigorosa com o empresariado.
A gestão de resíduos tem algumas etapas como: fabricação, descarte pós-consumo, coleta e triagem, seguidas de reciclagem e descarte. O Reino Unido e a União Europeia conquistaram alternativas de gestão bem estruturadas, enquanto o Brasil e a China apresentam baixas taxas de coleta e triagem formal, impulsionando o mercado da informalidade no processo de reciclagem.
O uso da tecnologia auxilia na diminuição da geração de resíduos. Segundo o estudo, a reciclagem e a substituição por vidro, metal e papel reciclados têm maior probabilidade de crescimento até o ano de 2030. As tecnologias podem auxiliar na fase de separação de resíduos e materiais secundários (MRFs) e são usadas em São Paulo.
A conscientização tem crescido entre os consumidores, porém muitos clientes não têm a confiança para mudarem seus hábitos. Segundo a pesquisa, cerca de 40% dos consumidores relatam que se preocupam com o planeta na Europa e nos EUA, mas somente 14% dos consumidores europeus e 8% dos consumidores dos norte-americanos consideram questões ambientais, sociais e de governança corporativa (ESG) como critérios de compra. Já no Brasil, as mudanças acontecem impulsionadas pelo comportamento dos compradores e pelas práticas dos varejistas.