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Em seu portfólio, a Fluvimar tem desde barcos de pequeno porte a "pontoons" para até 29 pessoas (Fluvimar/Divulgação)
Repórter de ESG
Publicado em 1 de maio de 2025 às 15h00.
A poluição plástica é um problemão ambiental e uma empresa do interior do Paraná encontrou uma solução inovadora para combater o desperdício do material, que ultrapassa uma produção de 460 milhões de toneladas por ano -- enquanto apenas 9% do total é reciclado.
A Fluvimar, fabricante de embarcações, utiliza PET recicladas como flutuadores para os seus barcos, um sistema que se mostrou eficaz há mais de duas décadas.
Ao todo, são reutilizados cerca de 3 toneladas de garrafas por ano, contribuindo significativamente para a redução do impacto no ecossistema marinho.
"Antes do ESG virar um termo popular, nós já adotávamos práticas de responsabilidade ambiental. O uso das PETs surgiu como uma alternativa eficiente e econômica para evitar o descarte inadequado", ressaltou Raquel Oliveira, CEO da Fluvimar.
O processo é simples: as garrafas são armazenadas em compartimentos estanques nos cascos das embarcações, garantindo estabilidade e segurança, e ao mesmo tempo evitam que o plástico vá parar no meio ambiente.
“A PET cria uma câmara de ar leve e resistente. Não fura, não vaza, e ajuda a substituir o uso de isopor, que é muito mais agressivo e poluente”, explicou Oliveira.
A reutilização do plástico não se limita às embarcações de grande porte, como plataformas e balsas, mas também abrange barcos de pesca e flutuadores laterais -- todos compostos com o material reciclado, segundo a empresa.
Além do reaproveitamento, a Fluvimar aposta na captação de água da chuva para utilizar na lavagem dos barracões e testes de embarcações. Já a limpeza final vem de reservatórios próprios, contribuindo para a diminuição da sua pegada de carbono.
A crescente conscientização sobre práticas sustentáveis tem ganhado força no setor de transporte marítimo, responsável por cerca de 3% das emissões globais de gases de efeito estufa.
E o consumo consciente também faz com que o cliente deixe de buscar apenas um barco bonito ou resistente, disse Oliveira.
"Ele passa a querer entender o impacto de sua compra. O olhar ambiental é cada vez mais importante e, para nós, sempre foi uma prioridade”, afirmou ela.