ESG

Apoio:

Logo TIM__313x500
logo_unipar_500x313
logo_espro_500x313
ONU_500X313 CBA
ONU_500X313 Afya
ONU_500X313 Pepsico
Logo Lwart

Parceiro institucional:

logo_pacto-global_100x50

Em meio à onda de calor, energia eólica e solar dão fôlego ao sistema elétrico do Brasil

Em crescimento no país, fontes renováveis contribuem para reduzir a dependência de hidrelétricas em tempos de queda no volume de chuvas e evitam o uso de combustíveis fósseis

Complemento: a tecnologia fotovoltaica responde por 17,4% da matriz elétrica brasileira (Lucas Landau/Bloomberg via/Getty Images)

Complemento: a tecnologia fotovoltaica responde por 17,4% da matriz elétrica brasileira (Lucas Landau/Bloomberg via/Getty Images)

Paula Pacheco
Paula Pacheco

Jornalista

Publicado em 18 de março de 2024 às 17h43.

A onda mais recente de altas temperaturas no Brasil elevou o consumo por energia elétrica. Na última sexta-feira, 15, segundo o Operador Nacional do Sistema (ONS), foi registrado um novo recorde na demanda de energia do Sistema Interligado Nacional (SIN). Na data, o país chegou a 102.478 MW - 92,5% do total atendido por energia sustentável.

Além do aumento do consumo de energia, o Brasil sente os efeitos da falta de chuvas. Tanto que o ONS avaliou em reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), em 6 de março, ser necessário manter atenção à baixa afluência registrada em um período que seria tipicamente úmido. O Operador citou que a fase mais importante da estação chuvosa - de dezembro a fevereiro - apresentou volumes de chuva abaixo da média histórica no Sudeste/Centro-Oeste. No entanto, o órgão salientou que por ora não há problema com as hidrelétricas.

Com esta combinação de fatores, as alternativas às hidrelétricas, como as fontes solar e eólica, dão um fôlego adicional à geração de energia para aliviar o sistema elétrico nacional, especialmente no horário de maior consumo, por volta das 14h.

Diversificação

Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), a fonte solar fotovoltaica ajuda na diversificação e aumenta a robustez da matriz elétrica brasileira sem a necessidade de recorrer. Além disso, aponta a entidade, a tecnologia é versátil, conta com facilidade na sua implantação e colabora com a eficácia da operação do SIN, particularmente com condições climáticas agravadas como agora.

Hoje, a fonte solar responde por 40 gigawatts (GW) de potência instalada operacional, somando-se as grandes usinas solares e os sistemas de geração própria de energia. A tecnologia responde por 17,4% da matriz elétrica brasileira.

Rodrigo Sauaia, presidente executivo da Absolar, cita que a maior geração solar fotovoltaica, em sistemas solares de pequeno, médio e grande portes, coincide com os horários de altas temperaturas e maior consumo de eletricidade no Brasil.

Com isso, segundo o representante do setor, a fonte solar ajuda a minimizar a pressão sobre o sistema elétrico nacional, o que contribui para diminuir os custos sistêmicos - por exemplo, com o acionamento de termelétricas movidas a fontes fósseis - que seriam absorvidos pelos consumidores.

“A fonte solar fotovoltaica tem sido cada vez mais fundamental no suporte ao SIN em momentos de elevação das temperaturas, um desafio que pode se tornar ainda mais frequente com o aquecimento global em curso. Além de proteger o bolso do consumidor, a energia solar evita as emissões de gases de efeito estufa (GEE) na geração de eletricidade do País, pois é uma fonte que não emite nenhum gás, líquido ou sólido durante a sua operação”, diz Sauaia.

Acompanhe tudo sobre:Energia renovávelEnergia solarMudanças climáticasChuvas

Mais de ESG

Brasil anunciará nova meta climática na COP29

Energia brasileira deve receber R$ 3,2 trilhões em investimentos até 2034, diz estudo

Chefe da COP29 é filmado em negociação irregular a três dias da conferência

Com foco na COP30, Cielo abre 3 mil vagas para curso de inglês gratuito