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Em 2025, desastres naturais já custaram mais de R$ 730 bilhões em prejuízos — e cenário pode piorar

O evento natural que mais custou neste ano foi o incêndio florestal em Los Angeles, nos Estados Unidos, com um prejuízo de US$ 53 bilhões

Sete dos últimos oito anos contaram com perdas superiores a US$ 100 bilhões por conta de desastres naturais e climáticos (Apu Gomes/Getty Images/AFP)

Sete dos últimos oito anos contaram com perdas superiores a US$ 100 bilhões por conta de desastres naturais e climáticos (Apu Gomes/Getty Images/AFP)

Letícia Ozório
Letícia Ozório

Repórter de ESG

Publicado em 29 de julho de 2025 às 10h20.

Última atualização em 29 de julho de 2025 às 11h04.

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Você provavelmente já percebeu que os desastres naturais estão ocorrendo com cada vez mais frequência e intensidade. Esses eventos também têm impactado mais fortemente os cofres públicos. Nos primeiros seis meses de 2025, as perdas globais relacionadas às crises climáticas e tragédias naturais foram estimadas em US$ 131 bilhões, cerca de R$ 733 bilhões.

A informação vem de um relatório da seguradora Munich Re. O valor é ligeiramente inferior ao registrado no mesmo período de 2024, quando os gastos com desastres naturais alcançaram R$ 868 bilhões, mas permanece acima da média histórica.

O evento natural de maior custo neste ano foi o incêndio florestal em Los Angeles, nos Estados Unidos. O prejuízo foi estimado em US$ 53 bilhões, ou R$ 297 bilhões, dos quais US$ 40 milhões (R$ 224 bilhões) estavam cobertos por seguros. Segundo especialistas, o agravamento das mudanças climáticas foi um dos principais fatores que intensificaram a tragédia provocada pelas chamas.

Clima como principal responsável

Tobias Grimm, chefe de ciências climáticas da Munich Re, comentou em entrevista à CBS News que é "urgente encarar o fato de que as perdas estão crescendo e reconhecer que as mudanças climáticas desempenham um papel cada vez mais significativo em nossas vidas".

Do total de US$ 131 bilhões em perdas, aproximadamente US$ 80 bilhões estavam segurados. Embora o número seja alto, a cobertura de seguros ainda é muito desigual em diferentes partes do mundo.

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Por exemplo, no terremoto de magnitude 7,7 que afetou o Mianmar em março deste ano, as perdas somaram US$ 12 bilhões. De acordo com a mídia local, o valor segurado foi de apenas US$ 2,2 milhões. Cerca de 4,5 mil pessoas morreram durante o evento.

O clima foi o principal responsável pelos desastres ao longo do ano, segundo a Munich Re. Incêndios florestais e tempestades representaram 88% das perdas totais e 98% das perdas seguradas. O restante foi atribuído a terremotos, sendo que apenas 2% dessas perdas estavam cobertas por seguros.

Cenário pode se agravar

A seguradora prevê que a segunda metade de 2025 poderá trazer mais danos, impulsionados pela temporada de furacões, que ocorre entre agosto e novembro.

A tendência é que os desastres custem cada vez mais. Nos últimos oito anos, sete deles registraram perdas superiores a US$ 100 bilhões.

A solução, segundo Thomas Blunck, membro do conselho da Munich Re, está na implementação de políticas de mitigação e adaptação climáticas. Isso envolve a construção de infraestruturas mais resistentes a desastres naturais e um maior controle sobre a ocupação em áreas de risco.

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