ESG

EDP muda cultura, cria rotina, ações planejadas e vira referência ESG

Empresa recebeu a melhor nota no Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3

 (Johnson & Johnson/Divulgação)

(Johnson & Johnson/Divulgação)

RC

Rodrigo Caetano

Publicado em 23 de junho de 2022 às 20h25.

Em fevereiro deste ano, a B3, empresa que opera a Bolsa de Valores de São Paulo, divulgou a nova composição de seu Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE). A carteira, a mais tradicional referência de sustentabilidade do mercado, foi totalmente reformulada para refletir melhor os critérios de atuação ESG. À frente do ranking geral está a EDP Energias, com um escore de 90,25. A companhia está à frente de ícones do ESG e da sustentabilidade, como Natura, Klabin e Suzano.

O segredo para o bom desempenho? Fazer o básico. “Tivemos um marco em 2016, quando as metas de sustentabilidade passaram a fazer parte do bônus dos executivos”, afirmou Fernanda Pires, vice-presidente de pessoas e ESG da EDP, em entrevista à EXAME por ocasião da publicação do índice. “Estamos há 16 anos na carteira, lidamos com o tema há bastante tempo.”

Fazer o básico, no entanto, não é algo trivial. Passar a ser uma empresa ESG é um processo de longo prazo, que envolve mudar a cultura da companhia, algo que a EDP começou em 2014. “O difícil não é dizer o que fazer, é implementar”, afirma João Marques da Cruz, presidente da EDP no Brasil. “É preciso criar uma rotina com processos, metas, ações planejadas e controle.” Para o CEO, ESG, no setor elétrico, é fazer acontecer a transição energética. Para 2022, a empresa tem a meta de ampliar a potência instalada de energia solar em 135,5 quilowatts pico, gerar 318,7 gigawatts em eficiência energética nos clientes e reduzir em 21% as emissões específicas de carbono. “A transição também deve ser justa”, destaca Cruz. Para isso, a empresa investe, desde 2015, 52 milhões de reais em ações nas comunidades.

Acompanhe tudo sobre:Melhores do ESG 2022 - Energia

Mais de ESG

Governo quer plantar 300 mil hectares nas cidades até 2050 para enfrentar desigualdades climáticas

Tubarões meteorologistas? Como animais se tornaram caçadores de furacões no Atlântico

Bolha da rosquinha? Ações da Krispy Kreme disparam sem motivo aparente. É a volta das ‘meme stocks’

O grande desafio da modernização da transmissão de energia em São Paulo