ESG

Diversidade é secundária em contratações, afirma CEO da Snowflake

Frank Slootman, diretor-presidente da Snowflake, afirmou que sua empresa precisa se concentrar mais no mérito ao contratar e promover funcionários, em vez de metas de diversidade

A diversidade está além da pauta, baseada nos valores da empresa.  (Angelina Bambina/Getty Images)

A diversidade está além da pauta, baseada nos valores da empresa. (Angelina Bambina/Getty Images)

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Bloomberg

Publicado em 4 de junho de 2021 às 16h17.

Por Emily Chang e Dina Bass, da Bloomberg

O diretor-presidente da Snowflake, Frank Slootman, disse que a fabricante de software de dados em nuvem precisa se concentrar mais no mérito ao contratar e promover funcionários, em vez de metas de diversidade, mesmo quando toma medidas para aumentar as oportunidades para a força de trabalho.

“Na verdade, somos muito solidários com a diversidade, mas não queremos que isso anule o mérito. Se eu começar a fazer isso, começo a comprometer a missão da empresa literalmente”, disse Slootman na quinta-feira em entrevista à Bloomberg Television. Outros CEOs se sentem da mesma forma sobre a necessidade de alcançar uma abordagem mais “moderada” para a diversidade, disse Slootman, mas relutam em dizê-lo publicamente.

Seus comentários apontam para uma posição em desacordo com empresas nos Estados Unidos, onde líderes estão se mexendo - embora em velocidades variadas - para espelhar a nação. Os defensores da diversidade geralmente citam pesquisas como o estudo da consultoria McKinsey & Co., segundo o qual empresas com mais diversidade entre os líderes têm mais probabilidade de superar a rentabilidade daquelas que são menos diversificadas.

Slootman não forneceu detalhes sobre a força de trabalho da Snowflake, com sede em San Mateo, Califórnia, e que abriu o capital em setembro de 2020 na maior oferta pública inicial do ano nos EUA.

“Pela minha própria experiência, conversando com muitos CEOs em particular, temos a mesma opinião, só que publicamente acham difícil ser assim”, disse Slootman, de 62 anos. “Precisamos chegar a um lugar mais moderado e real. Realmente não há espaço para a histeria e a indignação. Somos CEOs, dirigimos empresas, temos que produzir resultados para nossos funcionários e parceiros, investidores e clientes. Não podemos nos distrair nessa missão.”

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