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Vantagem: a redução das emissões associada à parcela renovável é de, ao menos, 60 % em comparação com o diesel mineral (Wilson Melo/Agência Petrobras)
Jornalista
Publicado em 29 de fevereiro de 2024 às 15h26.
Última atualização em 29 de fevereiro de 2024 às 15h28.
A Petrobras anunciou o início da comercialização do diesel renovável (Diesel R5) a partir de sua refinaria em Cubatão (SP), ainda na primeira semana de março. Com isso, a companhia passa a oferecer o produto no principal mercado do país, o do estado de São Paulo.
Até agora, o combustível, que reduz a emissão de gases efeito estufa (GEE), era comercializado apenas no Paraná, por meio da Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar). Com a decisão, o Diesel R5 também será produzido Refinaria Presidente Bernardes (RPBC), de acordo com a empresa.
De acordo com o diretor de Comercialização, Logística e Mercados da Petrobras, Claudio Schlosser, a decisão espelha o avanço dos investimentos da companhia em descarbonização. “Este é mais um passo da Petrobras para aumentar a oferta do diesel com conteúdo renovável e atender ao mercado que busca soluções sustentáveis para a redução de suas emissões”, afirmou por meio de nota.
Para chegar até o produto, a empresa desenvolveu o diesel com conteúdo renovável, gerado por coprocessamento de derivados de petróleo (parcela mineral) com matérias-primas de origem vegetal. Entre elas, o óleo de soja. A redução das emissões associada à parcela renovável é de, ao menos, 60 % em comparação com o diesel mineral, garante a Petrobras.
Outra vantagem é que o Diesel R5 pode ser usado sem a necessidade de adaptações nos veículos. O produto é apresentado com a característica de ter alta estabilidade e ser isento de contaminantes, o que garantiria durabilidade e desempenho dos motores.
A Petrobras, por meio da Repar, começou a comercializar o diesel renovável em 2022. Além da unidade paranaense e de Cubatão, outras duas refinarias da Petrobras fizeram testes de produção de Diesel R5 no fim de 2023. A Refinaria Duque de Caxias (Reduc, RJ) passou por adaptações na infraestrutura logística e em unidades de processo de hidrotratamento. Já a Refinaria de Paulínia (Replan, SP) realizou o primeiro teste e está na reta final dos ajustes de infraestrutura logística e apta à produção.
"A Petrobras vem atingindo suas metas de eficiência e confiabilidade e, ao mesmo tempo, preocupa-se com a descarbonização de produtos e processos. Fomos a primeira empresa no Brasil a desenvolver tecnologia própria de coprocessamento e implantamos, em nossas unidades, um combustível com conteúdo renovável que não requer adaptação ou alteração nos motores para poder ser usado", afirmou, em nota, o diretor de Processos Industriais e Produtos da Petrobras, William França.