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Publicado em 7 de novembro de 2025 às 10h11.
*Por Natália Mello e Alice Martins, com edição EXAME
Sabe quando você recebe aquela primeira visita depois de uma mudança? Caixas por todo lado, trabalhadores martelando nas obras em algum cômodo e seus eletrodomésticos ainda novinhos, guardados em caixas? Foi assim que os participantes da Cúpula do Clima encontraram a entrada da Zona Azul (Blue Zone), a área de negociações do evento, na manhã da última quinta-feira, 6. O espaço recebe a COP30 em apenas quatro dias.
Para chegar às salas de reuniões ou à área de imprensa, as delegações que chegam pela porta da frente dão de cara com um longo corredor. No centro, estão quiosques de alimentação e bebidas fechados, com equipamentos novos ainda na caixa. Nas laterais, tapumes cobrindo os pavilhões dos países em construção.
Entre as conversas, está o barulho de martelo e furadeira. De um lado para o outro, passam equipes levando cadeiras, carpetes e outros materiais para seus destinos, correndo contra o tempo.
Quem chegou cedo no espaço e buscou um café quente para despertar, deparou-se com a seguinte informação: a energia do único quiosque em funcionamento não estava ligada. Passou a funcionar no meio da manhã. Conexão pela internet? Disponível apenas em alguns lugares - ao menos por enquanto.
Enquanto isso, os líderes de estado são recebidos pelo presidente Lula pela entrada do Parque da Cidade, sem acesso à imprensa. As plenárias e sessões do primeiro dia também foram todas a portas fechadas, com transmissão pelos canais oficiais do Governo Federal e da Organização das Nações Unidas (ONU).
Apenas alguns veículos de comunicação foram autorizados a ingressar para fazer imagens, a maioria com um crachá vermelho especial, não previamente informado à diversos veículos da imprensa.
Quando perguntado pelo Amazônia Vox sobre os preparativos ainda em andamento no evento, o secretário extraordinário para a COP30, Valter Correia, respondeu: “Ainda bem que é só isso, né?".
Com um semblante sem preocupação, o secretário disse que considera normal ter ajustes em cima da hora e que está confiante de que segunda-feira, 10, tudo vai estar 100% entregue para a conferência. “Agora é pensar no acordo que precisa sair daqui, isso é o que importa", defende.
Para quem não defendia que Belém pudesse sediar a COP30, ele deixa o recado: “Bem feito para quem não acreditou", declarou.
A organização da COP30 montou um sistema exclusivo de 15 linhas de ônibus voltado aos credenciados na conferência climática.
Os veículos já estão rodando e a intenção era que atendessem o público desde a Cúpula do Clima. Mas, nesta quinta-feira, houve vários relatos de atrasos nas linhas.
Em alguns percursos, o transporte ficou suspenso por uma hora e as rotas tiveram de ser atualizadas, segundo presenciaram integrantes da equipe do Amazônia Vox.
A cobertura especial do Amazônia Vox na COP30 tem o apoio da Fundação Itaú, Roche e Tereos.