ESG

Apoio:

Logo TIM__313x500
logo_unipar_500x313
logo_espro_500x313
ONU_500X313 CBA
ONU_500X313 Afya
ONU_500X313 Pepsico
Logo Lwart

Parceiro institucional:

logo_pacto-global_100x50

CUFA mobiliza doações para Rio de Grande do Sul; saiba como ajudar

Em entrevista à Exame, Preto Zezé, da CUFA, explica como está a atuação de voluntários e empresas no Rio Grande do Sul; Zezé comenta ainda a necessidade de adaptação nas cidades

Bairro de Porto Alegre inundado pelas chuvas torrenciais na última segunda-feira, 6 (Florian PLAUCHEUR/AFP)

Bairro de Porto Alegre inundado pelas chuvas torrenciais na última segunda-feira, 6 (Florian PLAUCHEUR/AFP)

Letícia Ozório
Letícia Ozório

Repórter de ESG

Publicado em 9 de maio de 2024 às 09h00.

Última atualização em 9 de maio de 2024 às 09h54.

Tudo sobreEnchentes no RS
Saiba mais

Por conta das enchentes no Rio Grande do Sul, que, até o momento, ocasionaram na morte de 100 pessoas, além de mais de 100 desaparecidas, a Central Única das Favelas (CUFA) está mobilizando empresas, ONGs e pessoas físicas de todo o país para o resgate dos afetados.

A CUFA já instalou 13 centros de distribuição no Estado e busca recursos para atender as pessoas de forma emergencial. De acordo com Preto Zezé, presidente da CUFA no Rio de Janeiro, a primeira fase é resgatar e acolher as pessoas que perderam suas casas e estão sem alimentos e água. A segunda fase é quando a água voltar ao seu nível padrão, momento em que serão avaliadas as perdas financeiras e materiais. Na terceira fase o objetivo é a reestruturação: reconstruir as cidades e garantir que os desalojados conquistem moradias novamente.

“Nossa mobilização, no momento, na transição da primeira para a segunda fase, é para arrecadar água, cobertores, colchões, remédios e alimentos, por movimento das empresas e parceiros, para quem mais precisa, priorizando as crianças, mulheres e idosos”, diz.

De acordo com ele, o papel das empresas em ações emergenciais como a que acontece agora no Rio Grande do Sul é de movimentar recursos para as famílias afetadas pela tragédia e manter os voluntários alimentados e seguros.

“Na cidade de Muçum, os hospitais estavam sem tanques de oxigênio, e foi a partir da mobilização de parceiros que conseguimos combustível e aeronaves para buscar esses cilindros em outros locais”, afirma.

Parte das empresas parceiras doa seus próprios produtos para ajudar as famílias da região. “Depende da área de expertise de cada empresa. Para algumas, é melhor colaborar com recursos financeiros ao invés de produtos, o que também ajuda as pessoas”, explica Zezé. Para as ONGs, ele conta que a tarefa é de agregar pessoas para o resgate e reconstrução das cidades.

Entre as parcerias da CUFA estão GOLLOG, iFood, Unilever, Mercado Livre, Grupo Elfa, AES, Lello Condomínios, VR, Ticket, Hypera Pharma, Simpar, Eurofarma, Sindufarma, Basf, RZ, BetNacional e Evoke.

Repensar o modelo das cidades

A CUFA já mobilizou recursos durante a última enchente no Rio Grande do Sul, em setembro de 2023, mas não só no Estado: as tragédias climáticas em São Sebastião (SP) no ano passado, em Petrópolis (RJ) em 2022 e no sul da Bahia em 2021 também receberam ajuda da Central Única das favelas.

“Ano que vem teremos novas tragédias se não repensarmos o modelo de cidades que vivemos, lugares que não têm árvores ou escoamento da água. Que modelo de cidades é este que estamos pensando que vai agredir a natureza?”, afirmou em entrevista à EXAME.

Embora Preto Zezé explique que o papel da CUFA é mobilizar ajuda em situações emergenciais, propor uma mudança também cabe no escopo da Central. “Estão acontecendo agora as Conferências Internacionais das Favelas, que envolvem mais de 3 mil favelas e toda a sociedade pela articulação de mudanças na realidade nas periferias”, sinaliza. “Vamos articular essa mudança no modelo das cidades durante as conferências e ampliar a discussão durante a reunião do G20, em novembro, no Rio de Janeiro.”

Quando perguntado sobre qual a situação nas favelas e periferias no Rio Grande do Sul e a importância de atuar nessas regiões, Preto Zezé explica que embora 80% dos municípios gaúchos tenham sido afetados, periferias e favelas são os primeiros locais impactados pelas mudanças climáticas.

Como ajudar?

A CUFA está realizando a campanha pelas suas redes sociais e recebe doações a partir da chave Pix: doacoes@cufa.org.br. Doações internacionais podem ser feitas a partir do PayPal, em doacoespaypal@cufa.org.br.

Doações podem ser entregues nos centros de distribuição da CUFA no Rio Grande do Sul, nas cidades de Porto Alegre, Esteio, Sapucaia do Sul, Alvorada, Caxias do Sul, Montenegro, São Leopoldo, Bento Gonçalves, Santa Maria e Passo Fundo. A CUFA ainda conta com outros postos de arrecadação em São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Ceará, Goiás, Mato Grosso e Santa Catarina.

Os endereços completos estão disponíveis no Instagram da CUFA. Os postos recebem doações de segunda a sábado, das 09h às 19h.

Acompanhe tudo sobre:Enchentes no RSFavelas

Mais de ESG

2024 deve ser o ano mais quente já registrado, com aquecimento de 1,5ºC

Exame na COP29: Após críticas, delegação brasileira deve chegar com meta revista

COP29: é preciso nova meta de financiamento climático global, diz Simon Stiell

Já nos preparativos para a COP30, Belém recebe investimento de R$ 4,7 bilhões