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Biomassa: Empresa busca crescer entre clientes que querem trocar combustíveis fósseis pelas fontes limpas (Nacho Doce/Reuters)
Jornalista
Publicado em 19 de fevereiro de 2024 às 19h06.
A BP Bunge Bioenergia divulgou nesta segunda-feira, 19, que a comercialização de biomassa de cana-de-açúcar deve apresentar um crescimento de 60% na safra 2024/25 em relação ao volume de 2023/2024. A estimativa é que o fornecimento chegue a cerca de 400 mil toneladas para indústrias de diferentes setores, ante 250 mil toneladas no período anterior.
O volume de biomassa comercializado deve apresentar uma margem de contribuição de R$ 15 milhões, aponta a empresa. Resultado de uma joint venture das operações de açúcar e etanol da BP e Bunge, a companhia está entre os maiores fornecedores de bagaço de cana-de-açúcar do mercado brasileiro e tem destaque no setor sucroenergético, com ações voltadas à bioenergia.
O bagaço de cana é usado como geração de vapor e energia elétrica, na produção de etanol de 2ª geração (o etanol celulósico) e como complemento para ração animal. O resíduo é “um gerador de energia com alto potencial produtivo, uma vez que o custo é mais baixo e sua durabilidade é de, aproximadamente, 9 meses, o que faz com que as empresas que o utilizam em sua produção tenham uma opção renovável e competitiva”, declarou, em nota, Ricardo Carvalho, diretor comercial da companhia.
Ainda segundo o executivo, há espaço para crescer e atender outros setores, com a substituição gradativa da utilização de combustíveis fósseis em grandes indústrias.
A empresa tem operações em Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo e Tocantins. Ao todo, são 11 unidades agroindustriais com capacidade de moagem de 32,4 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por safra.
José Piñeiro, gerente comercial de energia e biomassa da BP Bunge, disse que a estratégia de aumentar o fornecimento de bagaço de cana-de-açúcar está apoiada na assinatura de contratos de longo prazo com empresas com ações alinhadas a fontes de energia renovável.
“As empresas estão em busca de soluções eficientes e renováveis. Com a expectativa de aumento de nossa disponibilidade de biomassa na safra 2024/25, teremos a possibilidade de atender outras indústrias, fornecendo fonte de energia limpa para setores produtores de soja, suco de laranja e proteína animal, por exemplo”, afirmou.