“A nossa ambição é que o uso de hidrogênio verde se torne uma opção competitiva no mercado, para ser escalado de forma comercial e usado em diferentes setores”, disse Gustavo Estrella, CEO da CPFL, à Exame. Visando impulsionar o potencial do Brasil como um dos grandes players de produção e exportação deste ‘combustível do futuro’, a CPFL Energia anunciou uma parceria com a Mizu Cimentos para lançar um projeto de pesquisa e desenvolvimento (P&D) em uma fábrica no município de Baraúna, no Rio Grande do Norte.
Focada na geração de renováveis, a companhia do setor elétrico irá produzir o hidrogênio com zero emissões a partir de uma tecnologia chamada ‘eletrolisador’ – responsável por um processo que separa a água (H₂O) em hidrogênio (H₂) e oxigênio (O₂) usando eletricidade – e fornecê-lo como uma alternativa sustentável para substituir os combustíveis fósseis na produção de cimento. Além de ter uma matriz predominantemente renovável, o Brasil também é favorecido neste processo pela sua abundância de água.
A planta-piloto deve começar a operar até 2027 e foi financiada pelo Programa de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), com um investimento de R$ 44 milhões da CPFL. Segundo a companhia, o projeto visa não só contribuir para avanços em tecnologias e estudos no mercado do hidrogênio, como também protagonizar a descarbonização da indústria de cimento, altamente poluente – hoje responsável por cerca de 7% das emissões globais de dióxido de carbono no mundo.
Na prática atual, este setor produtivo utiliza fornos que queimam principalmente carvão, coque de petróleo ou gás natural como combustíveis para atingir as temperaturas de “calcinação” – processo térmico utilizado para transformar materiais sólidos como o cimento e que emite altos níveis de CO2.
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Operação da Caramuru, em Sorriso, no Mato Grosso
(Caramuru em Sorriso)
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3Tentos: vencedora na categoria Agronegócio
(3Tentos: vencedora na categoria Agronegócio)
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SLC
(SLC)
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CD - Centro de Distribuição do Mercado Livre - ML - em Cajamar SP
foto: Leandro Fonseca
data: 26/07/2021
(MERCADO LIVRE)
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(Pao de Acucar Turns to Malls for Grocery Boost)
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Magazine Luiza: vencedora da categoria Atacado, Varejo e E-commerce
(Magazine Luiza)
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Weg: a fabricante de motores e equipamentos da indústria de energia subiu 15,43%
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Em 2006 foi anunciada a descoberta de petróleo no pré-sal da Bacia de Santos, na área de TUPI - hoje campo de Lula
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Ana Maria Braga, apresentadora
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12 - Tupy
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Linha de produção da Tupy: R$ 1,3 bilhão em novos contratos
(Linha de produção da Tupy Fundições.)
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(Vibra Energia S.A (VBBR3))
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Raízen: Fitch destacou que espera uma solução de curto prazo para a injeção de capital na empresa
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Ultragaz: vencedora na categoria Petróleo, Gás e Químico
(Ultragaz: vencedora na categoria Petróleo, Gás e Químico)
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Allos: destaque na categoria Construção civil e Imobiliário
(Allos: destaque na categoria Construção civil e Imobiliário)
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Canteiro de obra da Tegra: empresa aderiu a princípios da ONU Mulheres, que preveem representatividade feminina em cargos de liderança
Mulheres da Tegra: um programa para estimular o debate sobre diversidade de gênero, empoderamento feminino e políticas inclusivas
(TEGRA PUBLICAÇÃO)
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MRV: as ações da construtora recuaram 40,52%
(MRV)
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Engie
(Engie)
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XinJian Chen, diretor-presidente da CPFL Renováveis: “A iniciativa tem um significado importante para contribuir com o bem-estar da população local e levar dignidade e segurança hídrica para os moradores”
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EDP já produziu sua primeira molécula de H2V no Brasil — mais especificamente, na unidade de geração que mantém em São Gonçalo do Amarante (CE)
(ENERGIA-5)
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(boticario melhores do esg)
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Natura: empresa divulga balanço após o fechamento do mercado
(5. Natura)
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Cremes para pele da L'oreal
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(AVB Profissionalização - SITE)
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Leandro Faria, gerente-geral de sustentabilidade da CBA; Ricardo Carvalho, CEO da CBA; e David Canassa, diretor executivo da Reservas Votorantim
Foto: Leandro Fonseca
data: setembro 2022
(Nova Iorque - New Yorque - USAFoto: Leandro Fonsecadata: setembro 2022)
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Flávia Souza, diretora global de suprimentos da Gerdau
(Flávia Souza, diretora global de suprimentos da Gerdau (2)_credito)
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Gupo Malwee: destaque na categoria Moda e Varejo
(Gupo Malwee: destaque na categoria Moda e Varejo)
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(Arezzo (1))
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(Renner)
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Operação da Klabin: primeira do setor a certificar o manejo florestal
(RankingHistorico_11)
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(Suzano (SUZB3) anuncia programa de recompra de ações)
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Foto: Dexco/ Divulgação
(Floresta Dexco MG)
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Sede da Ambipar, em Nova Odessa (SP): água da chuva é usada para abastecer caminhões-pipa
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Sabesp: Interessados em ser acionistas de referência começam a agendar encontros com investidores de mercado
(sabesp)
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Estação de tratamento de esgoto, em Manaus: investidores estrangeiros qualificados, como o CIG, que detém participação na empresa de saneamento Aegea, exploram o mercado brasileiro
(SANEAMENTO-2)
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A redes de laboratórios Fleury (FLRY3)
(A redes de laboratórios Fleury (FLRY3))
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Hospital Israelita Albert Einstein: vencedor na categoria Saúde
(Hospital Israelita Albert Einstein: vencedor na categoria Saúde)
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Oncoclínicas: alíquota prevista era de 34%, mas ficou menor, em 26%
(Foto: Divulgação)
(Oncoclínicas BH)
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Anderson Valadares, superintendente da Porto Seguro: foco em diversidade e estratégia de colocar as pessoas no centro do negócio garantem resultados
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Iupar, holding que detém o controle do Itaú, vencedor na categoria de bancos
(Agência do Itaú)
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Santander é um dos destaques no Melhores do ESG
(Santander)
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(Portugal Telecom Says Telefonica's $7 Billion Vivo Offer Is "Insufficient")
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Loja da operadora TIM
(Telecom)
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Algar Telecom
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Motiva (ex-CCR): destaque na categoria Transporte e Logística
(Motiva (ex-CCR): destaque na categoria Transporte e Logística)
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Localiza: destaque na categoria Transporte e Logística
(Localiza: destaque na categoria Transporte e Logística)
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Ecorodovias: empresa divulgou balanço do 3º trimestre de 2019 nesta terça-feira (29)
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Já o hidrogênio, originado de complexos eólicos e solares geralmente já existentes, reduziria significativamente o impacto ambiental. No entanto, seu uso ainda é incipiente no Brasil e enfrenta desafios, como a viabilidade financeira, destacou Estrella. “Temos estudado o tema. É uma tecnologia para ser desenvolvida, ganhar competitividade, e nós não podíamos ficar de fora. Primeiro, precisamos conhecê-la e conquistar eficiência, para então baixar o custo”, explicou. Para ele, o novo desafio é esta fase de pesquisa: “São várias incertezas e indefinições que ainda temos para de fato conseguirmos escalar. Estamos dedicados, com nosso time e parceiros, para entender a viabilidade e escalabilidade.”
A Mizu, com capacidade atual de produção de 7 milhões de toneladas por ano, opera em vários estados – com fábricas em diferentes regiões do Brasil. A de Baraúna, que irá contemplar o piloto, é uma das maiores e se posiciona de forma estratégica no Nordeste.
Após um período de monitoramento de seis meses, as empresas irão mensurar o impacto real do projeto na redução das emissões. A expectativa é que cerca de 12,5 toneladas de carbono por ano deixem de ir para a atmosfera.
A parceria está alinhada com as metas de ESG para uma matriz mais sustentável da CPFL. Um de seus compromissos é se tornar carbono neutro a partir de 2025 e reduzir suas emissões totais em 56% até 2030. Para chegar lá, vem investindo em diversas frentes, incluindo a expansão de geração de energia renovável, eficiência energética, eletrificação de sua frota e engajamento com fornecedores.
A CPFL e a Mizu oficializaram o projeto durante uma cerimônia no Palácio do Governo do Rio Grande do Norte nesta quinta-feira (22), em Natal. A companhia de energia assinou um memorando de entendimento com o Governo do Estado para explorar as possibilidades de desenvolvimento do hidrogênio verde e suas potenciais aplicações no setor. "O hidrogênio verde representa o futuro da energia limpa no mundo e a oportunidade é única para gerar o desenvolvimento econômico com respeito ao meio ambiente e ao nosso povo", afirmou Fátima Bezerra, governadora do RN.
Embora existam iniciativas com hidrogênio em curso no Brasil e que atraem o interesse de investidores nacionais e internacionais, nenhuma ainda trata da aplicação na indústria de cimento. A CPFL espera que o piloto em Baraúna sirva de exemplo e também possa influenciar o mercado, futuramente com o recurso verde sendo aplicado em outras indústrias – como a siderúrgica, automobilística, química e outras altamente dependentes de combustíveis fósseis.