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Marina Daineze, VP de Comunicação e Sustentabilidade da Vivo: painel mediado por ela durante a COP30 destacou o poder das soluções baseadas na natureza (Lucas Landau/Divulgação)
EXAME Solutions
Publicado em 14 de novembro de 2025 às 17h46.
Última atualização em 14 de novembro de 2025 às 17h46.
A operadora de telefone Vivo levou à COP30, em Belém, uma pauta que une tecnologia, ciência e natureza. No inédito Pavilhão da Ciência Planetária — espaço na Blue Zone que, pela primeira vez, coloca a ciência no centro das discussões —, Marina Daineze, vice-presidente de Comunicação e Sustentabilidade da empresa, apresentou o painel “Soluções baseadas na natureza”.
Participaram do debate Márcio Sztutman, CEO da The Nature Conservancy Brasil; o engenheiro florestal e ambientalista Tasso Azevedo, do MapBiomas; e Thiago Picolo, CEO da re.green.
“A Vivo acredita na ciência, no poder das conexões e da ação coletiva para a construção de um futuro sustentável”, afirmou Daineze ao abrir o debate. “Falamos muito sobre tecnologia e transição energética, mas há uma parte dessa transição que começa justamente pela natureza. O que fazemos hoje é torná-la parte da solução, e não apenas algo a ser protegido.”
Ao lado de Picolo, a executiva destacou a parceria com a re.green para restaurar 800 hectares de vegetação nativa na floresta amazônica, no corredor ecológico Gurupi–Turiaçu, entre o Maranhão e o Pará. A área equivale a cerca de 580 campos de futebol.
O projeto, batizado de Floresta Futuro Vivo, tem duração prevista de 30 anos e contempla o plantio de mais de 900 mil árvores de cerca de 30 espécies nativas. A iniciativa busca regenerar áreas degradadas, gerar créditos de carbono e promover benefícios sociais e econômicos nas comunidades locais.
Segundo Daineze, o compromisso se insere na agenda ambiental da Vivo, que quer ser net zero até 2035, incluindo as emissões de escopos 1, 2 e 3. “Desde 2019, já compensamos nossas emissões por meio da compra de créditos de carbono. Em 2023, reduzimos 90% das emissões e passamos a olhar para o futuro, unindo metas de clima e biodiversidade”, disse.
Picolo destacou que a parceria simboliza uma mudança na forma como o setor privado encara a restauração ambiental. “As empresas estão entendendo que podem ser parte ativa da solução climática. Projetos como o nosso mostram que é possível aliar impacto ambiental e retorno financeiro, desde que exista compromisso de longo prazo.”
Pavilhão da Ciência Planetária: espaço na Blue Zone reuniu Marina Daineze, Márcio Sztutman, Tasso Azevedo e Thiago Picolo (Lucas Landau/Divulgação)
O CEO da re.green explicou que a empresa opera como uma especialista em restauração florestal que monetiza o valor gerado pela floresta. “A lógica é simples: se uma floresta gera valor climático, de biodiversidade e social, precisamos encontrar mecanismos para capturar e reinvestir esse valor. É isso que torna o modelo sustentável”, disse.
Para Picolo, o Brasil tem vantagem natural nessa agenda. “Tudo aqui cresce mais rápido, temos biodiversidade e conhecimento técnico. É o melhor lugar do mundo para restaurar florestas”, afirmou.
Para Márcio Sztutman, o avanço de empresas como a Vivo e a re.green representa um novo estágio da agenda ambiental. “Quando o setor privado assume protagonismo, o mercado se transforma. A colaboração entre empresas, governos e terceiro setor é o que dá escala às soluções baseadas na natureza”, afirmou.
Já Tasso Azevedo reforçou a importância do uso de dados como aliados da restauração. “A tecnologia permite identificar onde estão os problemas e acoplar as soluções certas. A boa notícia é que nunca tivemos tanta capacidade de mapear e agir”, disse.
Patrocinado por diversas empresas, entre elas a Vivo, o Pavilhão da Ciência Planetária é liderado por Johan Rockström, diretor do Instituto Potsdam para Pesquisa de Impacto Climático, e Carlos Nobre, co-presidente do Painel Científico para a Amazônia.
O espaço reúne cientistas e representantes de governos e empresas para debater soluções baseadas em evidências para a crise climática — uma proposta inédita nas conferências da ONU.
“Estar nesse espaço é fortalecer a voz da ciência”, disse Daineze. “Estamos ao lado dos principais cientistas do mundo para propor caminhos concretos para um desenvolvimento que priorize pessoas e natureza.”