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André Corrêa do Lago, presidente da COP30: embaixador divulgou nesta sábado, 8, sua nova carta aberta à comunidade internacional (Rafa Neddermeyer / cop30)
Redação Exame
Publicado em 8 de novembro de 2025 às 15h50.
Última atualização em 8 de novembro de 2025 às 15h59.
O embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP30, divulgou neste sábado, 8, sua nona carta aberta à comunidade internacional, com um apelo por ações urgentes diante da crise climática. O texto antecede a abertura da conferência, que será realizada na próxima semana em Belém, no Pará.
Na carta, o diplomata reforça a necessidade de limitar o aquecimento global a 1,5°C e afirma que o Acordo de Paris “segue funcionando”, agora em uma nova fase de implementação plena, com regras consolidadas após a COP29.
“O desafio que se coloca não é apenas identificar o que falta, mas mobilizar o que impulsiona – converter os déficits de ambição, financiamento e tecnologia em forças de aceleração”, escreve o embaixador Corrêa do Lago.
O documento faz referência a relatórios recentes, como o Global Tipping Points Report e os estudos do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) sobre lacunas de emissões e adaptação.
A partir deles, Corrêa do Lago propõe transformar as chamadas “lacunas climáticas” em alavancas de mudança, estimulando cooperação internacional e oportunidades de transição para uma economia de baixo carbono.
No documento, o presidente da COP30 também reafirmou as três prioridades para a conferência: reforçar o multilateralismo e o regime climático; conectar a agenda climática à vida real das pessoas e à economia; e acelerar a implementação do Acordo de Paris.
A presidência faz um apelo claro para que essa aceleração se torne a nova medida de ambição global. Da energia limpa à restauração florestal, da mitigação do metano à infraestrutura digital, o texto defende que o mundo precisa ampliar suas ações com rapidez e equidade.
A presidência também enfatiza a Amazônia como contexto e catalisador das discussões. Com o desmatamento em queda pelo terceiro ano consecutivo no Brasil e com novos mecanismos financeiros, como o Fundo Florestas Tropicais para Sempre (TFFF), a carta destaca que proteger ecossistemas e pessoas deve caminhar lado a lado.
“Em Belém, a verdade deve encontrar a transformação, e a ciência deve tornar-se solidariedade”, escreveu o embaixador.
*Com informações do Globo