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Estação das Docas - Belém - Pará - turismo - turistas - viagem - Foto: Leandro Fonseca data: outubro 2022 (Leandro Fonseca/Exame)
Agência de notícias
Publicado em 2 de junho de 2023 às 16h10.
Última atualização em 2 de junho de 2023 às 16h16.
O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, informou nesta sexta-feira, 2, que o banco público vai lançar um pacote de crédito de R$ 5 bilhões para o estado do Pará se preparar para receber a COP30, a ser sediada na capital Belém, em 2025.
Segundo Mercadante, o projeto "COP30 - 2025" vai reunir operações reembolsáveis e não reembolsáveis. Ele afirmou que será criada uma linha especial de crédito voltada para o evento, que virá acompanhada das linhas existentes, além do Fundo Clima e Fundo Amazônia.
"Não menos de R$ 3 bilhões sairão da linha de crédito de R$ 30 bilhões a estados e municípios", disse Mercadante ao citar a reativação da linha para investimento público a ser acessada pelos governos de entes da federação. "Estado [Pará] e prefeitura [de Belém] têm capacidade de endividamento e vamos acionar essa linha", disse.
Uma parcela menor, disse Mercadante, virá de recursos não reembolsáveis do Fundo Amazônia, para projetos estratégicos antidesmatamento, como o projeto do Parque Tecnológico em Bioeconomia, que vai estudar alternativas econômicas para a Floresta Amazônica.
"A ênfase é criar uma Belém carbono neutro até 2025", disse Mercadante.
Segundo o presidente do BNDES, serão observadas as necessidades de Belém, mobilidade urbana, geração de energia renovável e saneamento básico. "O BNDES quer ser o banco da COP30, vamos mobilizar tanto estado e prefeitura [de Belém] para esse processo".
Ele destacou o objetivo de atualizar a frota de ônibus de Belém com unidades movidas a gás ou energia elétrica. Nesse sentido, disse Mercadante, o objetivo não será somente financiar a aquisição de novos veículos, mas reformar as fábricas do país para prepará-las para uma nova etapa descarbonizada.
Segundo o governador do Pará, Helder Barbalho, haverá também aplicação de recursos viabilizados pelo BNDES para fomentar serviços e hospitalidade na capital Belém, com incremento de leitos, além de um projeto de fazendas de geração fotovoltaica para substituir toda a demanda de energia pública.