ESG

COP27: Líderes mundiais discursam sobre mudanças climáticas no Egito; confira declarações

A principal conferência sobre mudanças climáticas está em seu segundo dia, e já contou com falas importantes de diversos líderes de estado

Olaf Scholz: Chanceler alemão pediu que as nações lutem contra o renascimento dos combustíveis fósseis. (Sean Gallup/Getty Images)

Olaf Scholz: Chanceler alemão pediu que as nações lutem contra o renascimento dos combustíveis fósseis. (Sean Gallup/Getty Images)

Drc

Da redação, com agências

Publicado em 7 de novembro de 2022 às 20h37.

Realizada pela Organização das Nações Unidas (ONU), a COP é a principal conferência sobre mudanças climáticas de todo o Mundo. O conselho se reúne anualmente, e líderes de diversas nações comparecem para debater sobre o avanço de problemas como desmatamento, energias renováveis, mobilidade sustentável e problemas com relação à fome no mundo.

A COP27, edição deste ano, está sendo realizada no Egito, mais especificamente na cidade do Sharm El Sheikh, começou neste domingo, dia 6 de novembro e já contou com a fala de diversos líderes mundiais, confira:

União Europeia

A força tarefa energética entre União Europeia e Estados Unidos avalia que suas ações conjuntas contribuirão para garantir a segurança do abastecimento e do armazenamento em 2023, e a preços que reflitam os fundamentos econômicos e o esforço compartilhado pela estabilidade do mercado de energia. De acordo com comunicado emitido pela Comissão Europeia, em encontro das duas delegações, os participantes saudaram os esforços da UE para reduzir a demanda de gás natural em 15%, e consideraram novas medidas de eficiência energética para garantir a segurança durante o inverno de 2022/23.

Entre as ações, estão incentivos para concessionárias e consumidores implementarem soluções de eficiência energética para reduzir o uso de eletricidade e gás sem sacrificar o conforto, mudar a demanda para fora do horário de pico e soluções digitais direcionadas para ajudar os consumidores a economizar em suas contas, segundo a publicação.

Reino Unido

Em seu discurso na COP27, no Egito, o primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak afirmou que a segurança climática está conectada à segurança energética, e que a guerra da Rússia na Ucrânia e o aumento dos valores de energia são razões para investir na transição energética para fontes sustentáveis. "A diversificação do nosso abastecimento energético através do investimento em energias renováveis é precisamente a forma de nos protegermos dos riscos da dependência energética, como também uma fonte fantástica de novos empregos e crescimento".

Sunak também reafirmou que a proposta é de triplicar o financiamento para adaptação climática, de 500 milhões de libras em 2019 para 1,5 bilhão de libras até 2025. O premiê britânico também destacou que o Reino Unido está cumprindo com o compromisso de 11,6 bilhões de libras para o financiamento climático.

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Alemanha

O chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, afirmou nesta segunda-feira, 7, que são necessárias ações robustas na luta contra as mudanças climáticas. Durante discurso na COP27, no Egito, Scholz alertou que há países que são mais responsáveis pelas mudanças climáticas, mas estão fazendo pouco.

O líder pediu que as nações lutem contra o renascimento mundial dos combustíveis fósseis. "Está claro que o hidrogênio verde é o futuro", destacou. Além disso, ele garantiu que a Alemanha irá apoiar os países mais afetados pelas mudanças climáticas.

Itália

A nova primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, destacou nesta segunda-feira, 7, que combater as mudanças climáticas exige comprometimento de todos os países, o que, segundo ela, não está acontecendo.

Em seu discurso na COP27, no Egito, Meloni garantiu que a Itália está comprometida com a descarbonização e irá acelerar a transição energética conforme as diretrizes do REPowerEU, assim como dar suporte aos países desenvolvidos.

França

O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou nesta segunda-feira, 7, que "não sacrificaremos nossos compromissos climáticos pela ameaça energética da Rússia", em discurso durante a Conferência do Clima (COP-27), reafirmando uma série de propostas para o tema. No evento, Macron disse que "devemos continuar a luta pela mitigação" dos efeitos das mudanças climáticas. Tirem "nossas economias do carvão e ajudem os países emergentes a fazê-lo o mais rápido possível", apontou.

"Sobre os efeitos nocivos das mudanças climáticas, quero saudar a coragem dos líderes internacionais que assumiram o debate sobre perdas e danos. Eles estão certos", afirmou ainda Macron. Segundo ele ainda, a luta pelo clima é inseparável da luta pela biodiversidade, e seu país apoia a proibição de qualquer exploração do fundo do mar, tema que disse que levará a fóruns internacionais.

Colômbia

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, classificou nesta segunda-feira (7) como um “fracasso” as conferências sobre mudanças climáticas realizadas até agora, em um discurso na COP27, no Egito, no qual defendeu seu plano de investimentos internacionais para preservar a floresta amazônica.

Com um conjunto de propostas, Petro pleiteou o desmantelamento de instituições internacionais, o fim dos combustíveis fósseis e um planejamento econômico para salvar a humanidade desses “tempos de extinção”.

“As lideranças políticas desde a COP número um até o momento fracassaram em deter as causas da crise climática”, declarou o presidente de esquerda diante de uma centena de líderes de governo e de Estado.

Elas “fracassaram basicamente porque superar a crise climática implica em deixar de consumir petróleo e carbono”, acrescentou.

“O mercado não é o principal mecanismo para superar a crise climática. É o mercado e o acúmulo de capital quem a produz e jamais serão seu remédio. Apenas o planejamento público e global multilateral permitiriam uma economia descarbonizada mundial. A ONU deve ser o cenário desse planejamento”, explicou.

No combate às mudanças climáticas, preservar a floresta amazônica é um dos pontos principais.

“A Colômbia concederá 200 milhões de dólares anualmente por 20 anos para salvar a floresta amazônica em seu território. Esperamos a contribuição mundial”, disse.

(Com Estadão Conteúdo e AFP).

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