O comissário da UE para Meio Ambiente, Oceanos e Pesca, Virginijus Sinkevicius, conversa com a imprensa, após a adoção do acordo durante a COP15, em Montreal, Québec, em 19 de dezembro de 2022 (AFP/AFP Photo)
AFP
Publicado em 19 de dezembro de 2022 às 14h09.
Última atualização em 19 de dezembro de 2022 às 14h19.
A COP15 de Montreal terminou, nesta segunda-feira, 19, com um histórico acordo que busca impedir a destruição da natureza e evitar uma extinção em massa.
Confira abaixo as primeiras reações ao Acordo Kunming-Montreal:
"Por fim, começamos a fechar um pacto de paz com a natureza", disse em entrevista coletiva da sede da ONU em Nova York.
O presidente da cúpula da natureza COP15, o ministro chinês do Meio Ambiente, Huang Runqiu, classificou o acordo de "passo histórico".
"Temos em nossas mãos um pacote que, acredito, pode guiar todos nós para trabalharmos juntos para reverter as perdas de biodiversidade, para pôr a biodiversidade no caminho da recuperação, em benefício de toda a população mundial", declarou Huang à assembleia.
Na mesma linha, a presidente da Comissão Europeia saudou um "histórico" acordo internacional para preservar a biodiversidade e afirmou que se trata de um "mapa de rota para proteger e restaurar a natureza".
"Este acordo fornece uma boa base para uma ação global sobre a biodiversidade, complementando o Acordo de Paris sobre mudança climática", acrescentou, em um comunicado.
"ACORDO", tuitou Sinkevicius no Twitter. "Esta noite fizemos história na COP15", acrescentou.
Para Guilbeault, também foi um "passo histórico".
"Conseguimos", escreveu no Twitter.
"O mundo se uniu para alcançar um acordo histórico para proteger a natureza e a biodiversidade", completou.
Marco Lambertini disse que o acordo para deter e reverter a perda de biodiversidade até 2030 é uma "vitória para o planeta e para as pessoas".
"A biodiversidade nunca esteve tão no topo da agenda política e econômica", mas o acordo pode se ver ameaçado por "uma lenta implementação lenta e por um fracasso em mobilizar os recursos prometidos", frisou.
"O Acordo-Quadro Kunming-Montreal para a Biodiversidade Global é um compromisso e, embora tenha vários elementos bons e arduamente conquistados, poderia ter ido mais longe para transformar verdadeiramente nossa relação com a natureza e impedir a destruição que fazemos de ecossistemas, habitats e espécies”, avaliou Susan.
Em comunicado, o IIFB elogiou o acordo que inclui "uma linguagem forte sobre o respeito dos direitos dos povos indígenas e das comunidades locais".
"A decisão de Montreal abre um escudo para a proteção dos nossos recursos vitais. A comunidade internacional decidiu, finalmente, pôr um fim à extinção de espécies", celebrou Lemke.