Ida de Lula à COP27 é aguardada pela comunidade internacional (Danilo Martins Yoshioka/Anadolu Agency/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 13 de novembro de 2022 às 17h53.
Última atualização em 13 de novembro de 2022 às 17h54.
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participa nesta semana da Cúpula do Clima das Nações Unidas (COP-27), realizada desde a semana passada em Sharm el-Sheik, no Egito. A agenda dele na conferência inclui encontro com governadores da Amazônia e com grupos da sociedade civil, além de pronunciamento na área da ONU. A ida do petista é aguardada pela comunidade internacional, que espera do novo governo uma retomada da agenda de proteção da Amazônia, enfraquecida nos últimos anos.
Na quarta-feira, 16, Lula participa, às 11 horas (6 horas no fuso de Brasília) do evento "Carta da Amazônia - uma agenda comum para a transição climática", junto com os governadores Waldez Góes (PDT-AP) Gladson Cameli (PP-AC), Mauro Mendes (União-MT), Helder Barbalho (MDB-PA), Wanderlei Barbosa (Republicanos-TO), e Marcos Rocha (União-RO). O presidente eleito, inicialmente, foi convidado para ir à COP pelo governador paraense. Depois, também recebeu convite da organização do evento.
Leia mais: Marina Silva: a reindustrialização virá a partir do meio ambiente e do conhecimento ancestral
Às 17h15 (12h15 no fuso de Brasília) de quarta, Lula faz pronunciamento na área das Nações Unidas (zona azul). Na quinta-feira, 17, às 10 horas (5h em Brasília), Lula se encontra com representantes da sociedade civil brasileira no pavilhão Brazil Hub, e, às 15 horas (10h em Brasília), com o Fórum Internacional dos Povos Indígenas/Fórum dos Povos sobre Mudança Climática.
O Brasil tem três pavilhões na COP: o do Consórcio dos Governadores da Amazônia, o da sociedade civil (Brazil Hub) e o do governo federal, que tem sido o mais esvaziado. O presidente Jair Bolsonaro (PL) não foi a nenhuma cúpula climática durante seu mandato. Em 2009, Lula já havia participado de uma Conferência do Clima - a COP-15, em Copenhague.
A gestão atual tem sido alvo de críticas no Brasil e no exterior por causa da escalada do desmatamento na Amazônia e pelos ataques do governo federal a países que repassam recursos para a preservação da floresta, como a Noruega e a Alemanha, que paralisaram as doações desde 2019. Os dois países europeus já sinalizaram retomar os investimentos em ações para a preservação do bioma, via Fundo Amazônia, após o resultado das urnas.