ESG

Consumidor negro deixa de gastar US$ 300 bi por falta de produto

Para desbloquear o poder de compra dos negros, as empresas precisam de mais diversidade, incluindo colocar funcionários negros em funções de gerência que impactem o design e o marketing do produto, aponta relatório da McKinsey

 (Joe Ybarra / EyeEm/Getty Images)

(Joe Ybarra / EyeEm/Getty Images)

B

Bloomberg

Publicado em 17 de junho de 2021 às 13h02.

Última atualização em 17 de junho de 2021 às 13h33.

A comunidade negra dos Estados Unidos pode ter disponível 300 bilhões de dólares para gastar ao ano, já que as empresas do país ainda não estão criando produtos suficientes para atraí-la.

Os negros americanos estão mais insatisfeitos com ofertas em categorias que vão de cuidados pessoais a serviços financeiros e habitação do que a população em geral, de acordo com relatório divulgado na quinta-feira pela McKinsey. Isso significa que os consumidores negros estão maduros para ser perseguidos por outras marcas e dispostos a pagar até 20% a mais por um item que os atende.

“É uma oportunidade para todos porque é um segmento de clientes que foi francamente negligenciado em todas as categorias”, disse Shelley Stewart, sócia da McKinsey e coautora do relatório.

Os esforços recentes das marcas para criar ofertas para consumidores negros ainda são insuficientes, de acordo com o relatório. As empresas muitas vezes se concentram em produtos para um público de massa e perdem de vista os ganhos que poderiam ver ao mudar um produto para atender um público menor, como os compradores negros, disse Stewart.

Para desbloquear o poder de compra dos negros, as empresas precisam de mais diversidade, incluindo colocar funcionários negros em funções de gerência que impactem o design e o marketing do produto, de acordo com o relatório.

Algumas empresas têm feito um bom trabalho ao atender às necessidades dos consumidores negros, de acordo com a McKinsey. Uma é a Bevel, marca de produtos de higiene pessoal voltada para homens negros que a Procter & Gamble adquiriu em 2018. Há também as linhas de beleza e lingerie da empresa da cantora Rihanna, que foram avaliadas em 4 bilhões de dólares.

A Fenty Beauty foi pioneira em oferecer dezenas de tons de base para atrair mulheres negras. E a Savage X Fenty promove diversos ideais de beleza com modelos de todas as formas e tons de pele.

A marca de beleza de Rihanna “atende a uma necessidade significativa do mercado e a avaliação dessa empresa fala sobre essa oportunidade”, disse Stewart. “Você está vendo isso em diferentes setores e bolsos, embora mais trabalho possa ser feito.”

Pensando em mudar de carreira? Invista na sua carreira com o maior portal de negócios. Assine a EXAME.

Acompanhe tudo sobre:bens-de-consumoConsumoEstados Unidos (EUA)McKinseyNegros

Mais de ESG

Entenda os principais acordos da COP29 em Baku

COP29: ONU esperava mais ambição. Leia reações de países ao acordo final

Mega-Sena acumula e prêmio vai a R$ 55 milhões

COP29 aprova US$ 300 bi para financiamento climático após muito impasse