ESG

Como as bandeiras ESG levantadas por Luiza Trajano permeiam o Magalu

Magazine Luiza é um dos destaques no Guia Melhores do ESG, da EXAME; confira as boas práticas em sociedade, governança e meio ambiente

Luiza Trajano, do Magazine Luiza (Germano Lüders/Exame)

Luiza Trajano, do Magazine Luiza (Germano Lüders/Exame)

Marina Filippe

Marina Filippe

Publicado em 23 de junho de 2022 às 20h07.

Última atualização em 23 de junho de 2022 às 20h13.

Poucas empresas têm uma liderança tão cativante como o Magazine Luiza. A empresária Luiza Trajano se tornou um ícone da responsabilidade social corporativa, levantando bandeiras em defesa da diversidade, da redução da desigualdade, da proteção à mulher e às famílias. Seu mais recente empreendimento é o movimento Pula Pra 50. A iniciativa está dentro do Grupo Mulheres do Brasil, criado e presidido por ela, e tem o objetivo de elevar o percentual de mulheres no Congresso Nacional para 50%.

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As bandeiras levantadas por Trajano se refletem no modelo de negócios e na estratégia da varejista, que continua reforçando sua atuação social, não só ao influenciar o mercado com um programa de trainee exclusivo para profissionais negros, que chegou à sua segunda edição depois de ter 100% de retenção dos primeiros participantes, como quando realiza programas para formação de desenvolvedores com mais de 40 anos e de atendentes com mais de 50 anos. Entre os diversos temas organizados nos comitês de diversidade — como raça, idade, pessoas com deficiência, orientação sexual ­—, a equidade de gênero continua sendo a ação com mais destaque. Não apenas pela forte liderança de Trajano como também pelo combate à violência contra a mulher, com mais de 800 denúncias já tratadas no canal interno, além da destinação de verba para a causa por meio de um fundo de R$ 2,6 milhões.

Na frente ambiental, há ações recentes, como um programa de logística reversa de eletroeletrônicos com 500 coletores espalhados pelo país, que gerou a coleta de mais de 2 toneladas de material. Há também um projeto piloto com 40 caminhões elétricos e a conversão de toda a frota própria para etanol.

Desde 2018, a companhia realiza um inventário de emissões de gases causadores do efeito estufa, sendo os dois últimos anos auditados, especialmente por causa da complexidade das 11 aquisições realizadas no ano passado. “Temos metas internas de redução das emissões e de transição energética. Um terço do nosso consumo de energia já vem de fontes renováveis”, diz Graciela ­Kumruian, diretora-executiva de clientes e integração. “Estamos caminhando para definir metas públicas e de longo prazo.”

Em governança, além das ações de integridade total, há um forte trabalho de monitoramento dos vendedores do marketplace para garantir que todos os produtos sejam originais, com nota fiscal correta, e não firam as políticas da empresa. As ações ESG ganharam ainda mais impulso há um ano, com a estruturação da diretoria-executiva de clientes e integração, que deu tração às iniciativas da gerência de reputação e sustentabilidade. “As pautas também são constantemente tratadas pelo CEO, Frederico Trajano, e todo o conselho de administração, além de outras diretorias”, diz Kumruian.

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