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Donald Trump assinando ordens executivas (Jim WATSON / POOL / AFP/AFP)
Agência
Publicado em 21 de janeiro de 2025 às 15h42.
No primeiro dia de seu segundo mandato, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um decreto determinando a saída do país do Acordo de Paris. Essa decisão marca a segunda vez que Trump opta por retirar os EUA desse tratado internacional, repetindo a medida tomada durante seu primeiro mandato.
O Acordo de Paris, adotado em 2015, é considerado um marco na luta global contra as mudanças climáticas, com o objetivo de limitar o aumento da temperatura global a no máximo 2°C.Enquanto os EUA se afastam novamente do compromisso climático, a China reforça sua posição como líder global na busca por soluções sustentáveis e no combate ao aquecimento global.
A decisão dos Estados Unidos reacende debates sobre o papel das grandes potências na luta contra as mudanças climáticas. Como um dos maiores emissores de gases de efeito estufa do mundo, a saída dos EUA pode comprometer os esforços globais para atingir as metas estabelecidas pelo Acordo.O movimento também levanta preocupações entre líderes globais e organizações ambientais, que destacam a necessidade de cooperação internacional para enfrentar os desafios climáticos.
Enquanto os EUA recuam, a China intensifica sua liderança no combate às mudanças climáticas. O país reconhece a crise climática como um dos maiores desafios globais e reafirma seu compromisso com o Acordo de Paris. Entre suas metas mais ambiciosas estão:
A China também é destaque no desenvolvimento e uso de energias renováveis. O país é líder mundial na produção de energia solar, eólica e baterias de íon-lítio, além de ser o maior fabricante de veículos elétricos. Esses esforços consolidam sua posição como uma potência verde em ascensão.
Em uma coletiva realizada nesta terça-feira (21), Guo Jiakun, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da China, expressou preocupação com a decisão dos EUA:
"A mudança climática é um desafio comum enfrentado por toda a humanidade. Nenhum país pode se isentar dessa responsabilidade."Durante a Cúpula do G20 realizada no Rio de Janeiro em novembro de 2024, Xi Jinping reforçou o compromisso da China com o princípio das “responsabilidades comuns, porém diferenciadas”. Ele também destacou a importância de construir uma economia global sustentável e ecologicamente responsável.
Apesar dos esforços de combate às mudanças climáticas, a China enfrenta desafios internos, pois ainda tem forte dependência do carvão em sua matriz energética. Outro obstáculo é o dilema entre crescimento econômico e sustentabilidade. Como segunda maior economia do mundo, o país precisa equilibrar suas metas climáticas com a manutenção do crescimento, especialmente em setores industriais que são altamente intensivos em carbono.
O Acordo de Paris , adotado em 2015 durante a COP21, é um tratado global para combater as mudanças climáticas. Seu objetivo principal é limitar o aumento da temperatura global abaixo de 2°C, com esforços para mantê-lo em 1,5°C acima dos níveis pré-industriais. O acordo pretende alcançar um equilíbrio entre emissões de gases de efeito estufa e sua remoção até 2060. Ele também prevê financiamento climático de US$ 100 bilhões anuais para países em desenvolvimento. Cada país tem autonomia para definir suas próprias metas de redução de emissões, que devem ser revisadas a cada cinco anos.