Empreendimento da MRV no estado de São Paulo: clientes paulistas contam com desconto de 10,5% na conta de luz (MRV/Divulgação)
Rodrigo Caetano
Publicado em 18 de maio de 2022 às 11h32.
Paulatinamente, a construtora MRV está conectando seus empreendimentos a fazendas solares. Essas parcerias garantem um diferencial competitivo para a companhia, que atua no segmento de imóveis econômicos: um desconto na conta de luz para quem mora em uma das suas casas ou apartamentos. Em Minas Gerais, base da construtora, o abatimento chega a 15%.
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Segundo José Ronaldo Barcelos, diretor de suprimentos da MRV, a expectativa é que, até 2024, o benefício esteja disponível nos 22 estados em que a empresa atua. “À medida que formos ampliando essas parcerias, aumentará o número de residências, assim como de clientes com possibilidade de aderirem à iniciativa”, afirma o executivo. Hoje, apenas Minas, São Paulo e Rio de Janeiro contam com os descontos. O programa é parte da estratégia ESG da empresa.
Os valores abatidos variam de acordo com a região. São Paulo e Rio oferecem, respectivamente, 10,5% e 9% (cariocas com contas acima de 300 reais podem ganhar 15%). Mineiros conseguem 15%, uma vez que o estado é líder em instalações solares no país.
A adesão ao benefício é feita por meio da plataforma digital de serviços da MRV, chamada Mundo Casa. Funcionários da companhia também têm direito ao desconto, independentemente de onde moram.
Para conseguir a redução, a MRV faz um acordo com a fazenda solar parceira, que gera a energia e joga na rede da distribuidora. Isso gera um crédito que é, então, repassado ao consumidor na conta de luz. Cada distribuidora tem suas próprias políticas, por isso a variação no valor descontado.
Além das parcerias com fazendas solares, a MRV investe em usinas próprias. Já são duas em funcionamento, uma em Uberaba (MG), com capacidade de 1GWh, e outra em Lapão (BA), que gera por ano 490KWh. Essa energia é usada nas obras, escritórios e estandes de venda da construtora.
O Brasil foi o 4º país que mais acrescentou capacidade solar fotovoltaica em 2021 no mundo, com novos 5,7 GW no último ano, segundo apuração da Associação Brasileira de Energia solar Fotovoltaica (ABSOLAR) com base em dados atualizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e a recente publicação da Agência Internacional de Energias Renováveis (IRENA).
Atualmente, a fonte solar já está em 15 GW no Brasil, com mais de R$ 78,5 bilhões de investimentos acumulados e mais de 450 mil empregos criados desde 2012. Com isso, também evitou a emissão de 20,8 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade.
Posição |
País |
Crescimento 2020-2021 (GW) |
1° |
China |
52,9 |
2° |
Estados Unidos |
19,9 |
3° |
Índia |
10,3 |
4° |
Brasil |
5,7 |
5° |
Alemanha |
4,7 |
6° |
Japão |
4,4 |
7° |
Coréia do Sul |
3,5 |
8° |
Holanda |
3,2 |
9° |
Espanha |
3,1 |
10° |
França |
2,6 |
Veja também:
De acordo com a ABSOLAR, o Brasil encerrou o último ano com mais de 13,6 GW de potência operacional da fonte solar. O ranking geral é liderado pela China, com 306 GW, seguida pelos Estados Unidos (93 GW), Japão (74 GW), Alemanha (58 GW) e Índia (49 GW).
Posição |
País |
Capacidade acumulada Solar Fotovoltaica (GW) |
1° | China |
306,4 |
2° | Estados Unidos |
93,7 |
3° | Japão |
74,1 |
4° | Alemanha |
58,4 |
5° | Índia |
49,4 |
6° | Itália |
22,6 |
7° | Austrália |
19,0 |
8° | Coréia do Sul |
18,1 |
9° | Vietnã |
16,6 |
10° | França |
14,7 |
11° | Holanda |
14,2 |
12° | Reino Unido |
13,7 |
13° | Brasil |
13,6* |
14° | Espanha |
13,4 |
15° | Ucrânia |
8,0 |
16° | Turquia |
7,8 |
17° | Taiwan |
7,7 |
18° | México |
7,0 |
19° | Bélgica |
6,5 |
20° | Polônia |
6,2 |