Apoio:
Parceiro institucional:
Mesmo com esse crescimento, o volume necessário ainda está distante dos US$ 800 bilhões anuais (Rovena Rosa/Agência Brasil)
Repórter de ESG
Publicado em 3 de março de 2025 às 11h03.
A necessidade de financiamento climático para infraestrutura urbana atingiu US$ 86 bilhões em 2024, segundo relatório do CDP, sistema global de divulgação ambiental, em parceria com o Pacto Global de Prefeitos pelo Clima e Energia (GCoM).
O estudo aponta que 611 cidades de 75 países reportaram 2.508 projetos climáticos, um aumento de 23% na demanda por investimentos em relação ao ano anterior.
Mesmo com esse crescimento, o volume necessário ainda está distante dos US$ 800 bilhões anuais que governos e instituições financeiras precisarão investir até 2030 para sustentar projetos urbanos sustentáveis, conforme estimado no Fórum U20, encontro dos prefeitos do G20.
Atualmente, quase metade (48%) dos projetos climáticos urbanos ainda está nas fases iniciais de desenvolvimento, necessitando de apoio técnico e financeiro.
Os setores que mais demandam investimento em 2024 são gestão da água, com 272 projetos que somam US$ 28 bilhões; transporte, com 397 iniciativas avaliadas em US$ 19 bilhões; e eficiência energética em edifícios, com 508 projetos que precisam de US$ 12 bilhões.
As cidades de Estados Unidos (484 projetos), Reino Unido (333), Brasil (204) e Portugal (181) estão entre as que mais reportaram projetos climáticos ao CDP. No entanto, o estudo aponta que economias emergentes e em desenvolvimento representam apenas 27% da necessidade total de financiamento reportada.
“O aumento de 23% na necessidade de investimento reportada mostra a crescente escala da ação climática urbana, mas o déficit de financiamento ainda é uma barreira crítica”, afirma Katie Walsh, chefe de Finanças Climáticas para Cidades, Estados e Regiões da América do Norte no CDP.
Para viabilizar os projetos e fortalecer a adaptação das cidades às mudanças climáticas, o estudo destaca três estratégias principais:
“As cidades ao redor do mundo estão assumindo a liderança na luta climática e avançando com projetos essenciais para comunidades mais resilientes, mas precisam de acesso a financiamento e parcerias”, afirma Asma Jhina, assessora sênior de Finanças Climáticas Urbanas do GCoM.