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Para reduzir a emissão de poluentes, China lança hoje, 1º, um mercado de carbono nacional (Qilai Shen/Bloomberg/Getty Images)
AFP
Publicado em 1 de fevereiro de 2021 às 16h46.
Última atualização em 1 de fevereiro de 2021 às 17h09.
A China lançou, nesta segunda-feira, 1º, seu mercado de carbono, que pode se tornar o maior do mundo, enquanto o país que é o primeiro poluidor mundial promete alcançar a neutralidade em suas emissões em 2060.
O sistema entrou em vigor nesta segunda, de acordo com a agência de notícias Xinhua.
Pela primeira vez, autoriza as autoridades provinciais a estabelecer cotas para as usinas termelétricas e permite que as empresas de energia negociem direitos de poluição.
O objetivo é reduzir as emissões de poluentes, encarecendo o custo para as empresas que o geram.
A projeção é que este sistema nacional ofusque o estabelecido em 2005 na União Europeia (UE) e se transforme no primeiro do mundo.
Segundo as novas regras, as cerca de 2.000 usinas que emitem mais de 26.000 toneladas de gases de efeito estufa por ano serão afetadas pelo sistema, que no longo prazo devem cobrir um terço das emissões de gás carbônico da China, segundo a Associação Internacional de Ação sobre o Carbono.
Até o momento, o país continua dependendo em grande medida do carvão, uma das energias mais nocivas ao meio ambiente.
As usinas chinesas funcionam 60% com carvão e os especialistas esperam que este poderoso grupo de pressão defenda taxas confortáveis e, portanto, um preço de carbono vantajoso.
A China emitiu quase 14 bilhões de toneladas de CO2 em 2019, o que representa 29% do total mundial.