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China assume 1º compromisso com a redução de gases de efeito estufa em todos os setores; entenda

Secretário-geral das Nações Unidas, António Guterrez, revelou informação após Cúpula Virtual sobre Ambição Climática, evento que antecipa a COP30

Guterrez também destacou que, no âmbito da COP30, os líderes mundiais precisam apresentar um “roteiro confiável” para mobilizar US$ 1,3 trilhão (Leon Sadiki/Getty Images)

Guterrez também destacou que, no âmbito da COP30, os líderes mundiais precisam apresentar um “roteiro confiável” para mobilizar US$ 1,3 trilhão (Leon Sadiki/Getty Images)

Letícia Ozório
Letícia Ozório

Repórter de ESG

Publicado em 23 de abril de 2025 às 18h16.

Última atualização em 23 de abril de 2025 às 19h06.

Durante a Cúpula Virtual sobre Ambição Climática, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterrez, revelou que o presidente da China, Xi Jinping, afirmou pela primeira vez que o país reduzirá as emissões de todos os gases de efeito estufa e em todos os setores econômicos.

A reunião contou com a presença de 17 chefes de Estado, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

Até então, a China não havia dado grandes sinalizações sobre sua Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC), compromisso que define os cortes de emissões que cada país deve realizar. A declaração de Xi Jinping representa um marco importante, considerando que a China é o maior emissor de gases de efeito estufa do mundo, respondendo por cerca de 35% das emissões globais, segundo a International Energy Agency.

Para Natalie Unterstell, presidente do Instituto Talanoa, a meta pode representar uma mudança no patamar das NDCs atuais. "Se a China for ambiciosa em sua meta climática, há uma chance real de impactar positivamente a atual crise das Contribuições Nacionalmente Determinadas, aproximando-nos de um cenário de 1,5 °C. Isso representa uma grande potencialidade", afirmou.

Impacto ambiental da China

Em termos absolutos, as emissões de CO2 da China foram de aproximadamente 12,67 bilhões de toneladas em 2022, último dado registrado pelo país. O dado apresenta uma leve redução em relação a 2021, quando as emissões atingiram cerca de 12,72 bilhões de toneladas.

O Escritório Nacional de Estatísticas da China revelou que, nos últimos dez meses de 2024, as emissões de dióxido de carbono se mantiveram estáveis e abaixo dos níveis do ano anterior, em grande parte devido ao crescimento da oferta de energia limpa no país.

Para atingir essas metas, a China precisaria diminuir suas emissões totais em 4%-6% até 2025, de acordo com a CarbonBrief.

Cúpula Virtual sobre Ambição Climática: entenda o que foi a reunião de líderes

Há menos de sete meses do maior evento de clima do mundo, a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de Belém (COP30), o governo brasileiro realizou uma Cúpula Virtual sobre Ambição Climática nesta quarta-feira, 23, para promover uma mobilização política global e acelerar a transição energética justa.

Com a participação do secretário-geral da ONU, António Guterres, e de outros 17 líderes globais que representam as maiores economias mundiais, o encontro representa o início de um amplo movimento rumo a Belém em novembro. O encontro foi visto como um primeiro chamado para a ação no combate à crise climática.

Como país anfitrião da COP, o presidente Lula reafirmou o compromisso do Brasil com a construção de um novo modelo de desenvolvimento baseado em prosperidade econômica, sustentabilidade ambiental e inclusão social. "Estamos fartos de promessas não cumpridas", disse ele.

Um dos grandes objetivos da reunião foi acelerar a apresentação das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), as conhecidas metas climáticas de cada país. Até agora, apenas 10% dos membros da Convenção da ONU sobre Mudança Climática apresentaram suas contribuições.

Compromissos globais com a descarbonização

Guterrez também destacou que, no âmbito da COP30, os líderes mundiais precisam apresentar um “roteiro confiável” para mobilizar US$ 1,3 trilhão por ano para os países em desenvolvimento até 2035.

Além disso, ele reforçou que os países desenvolvidos precisam cumprir a promessa de dobrar o financiamento da transição climática, alcançando pelo menos US$ 40 bilhões por ano até 2025. Esse apoio financeiro será essencial para ajudar os países em desenvolvimento a enfrentar os desafios da mudança climática, investindo em tecnologias de baixo carbono e na adaptação às novas condições ambientais.

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