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CEOs negros ganham espaço nos EUA, mas representatividade feminina cai

A porcentagem de novos diretores negros na lista Fortune 500 quase triplicou para cerca de 28%

 (Thomas Barwick/Getty Images)

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Bloomberg

Publicado em 8 de junho de 2021 às 17h07.

Última atualização em 8 de junho de 2021 às 17h26.

Por Jeff Green, da Bloomberg

O número de pessoas negras nomeadas para assentos em diretorias de empresas aumentou no ano passado, embora isso possivelmente tenha ocorrido às custas de outros grupos, já que a representação entre mulheres e latinos entre os novos diretores caiu.

A porcentagem de novos diretores negros na lista Fortune 500 quase triplicou para cerca de 28%, à medida que a participação dos diretores latinos caiu e as mulheres ganharam menos cadeiras, de acordo com relatório da empresa de recrutamento de executivos Heidrick & Struggles. Os diretores brancos tiveram a menor porcentagem de novos assentos nos 12 anos em que a análise é conduzida.

Os protestos que se seguiram ao assassinato de George Floyd pela polícia no ano passado pressionaram as empresas a contratar mais diretores negros como parte de um enfoque mais amplo nas disparidades raciais na força de trabalho e nos cargos executivos. Cerca de três quartos das nomeações de pessoas negras vieram após a morte de Floyd, disse o relatório. Ativistas em prol das mulheres e latinos também têm defendido maior representação, já que expressaram preocupação de que o aumento do foco em um grupo possa prejudicar outros.

A BlackRock e o Vanguard Group têm votado contra diretores de empresas que não têm mulheres em seus conselhos, e o CEO do Goldman Sachs, David Solomon, disse no ano passado que a empresa não fará a abertura de capital de empresas nos Estados Unidos e Europa se não tiver um diretor diverso ou mulher na direção. As leis da Califórnia também têm requisitos de diversidade e gênero para diretores em empresas sediadas no estado.

As empresas também somaram mais mulheres e minorias a seus conselhos no ano passado em reação a uma proposta da Nasdaq Inc. que exigiria que as empresas listadas tivessem pelo menos uma mulher e um diretor sub-representado, ou tivessem de explicar por que não o fazem. A Comissão de Valores Mobiliários dos EUA vai decidir em agosto pela aprovação da proposta.

As mulheres — que representaram 41% dos membros dos conselhos na Fortune 500 no ano passado, ante um recorde de 44% em 2019 — não alcançarão a paridade até 2023, um ano depois do estimado anteriormente, disse a Heidrick. Os diretores latinos caíram 1 ponto percentual para 4% dos novos diretores em 2020, enquanto os diretores asiáticos melhoraram 1 ponto percentual para 9%, de acordo com os dados.

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