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Catarina Mina lança coleção nacional em parceria com Sebrae e fortalece inclusão de mulheres

As peças da marca cearense nascem após uma série de oficinas de capacitação de artesãs no Rio Grande do Norte e garantem mais competividade e acesso ao mercado da moda

A coleção recebe o nome carinhoso dado aos potiguares, palavra de origem indígena que identifica os nascidos no Rio Grande do Norte e valoriza os saberes tradicionais locais (Divulgação)

A coleção recebe o nome carinhoso dado aos potiguares, palavra de origem indígena que identifica os nascidos no Rio Grande do Norte e valoriza os saberes tradicionais locais (Divulgação)

Sofia Schuck
Sofia Schuck

Repórter de ESG

Publicado em 12 de julho de 2025 às 08h00.

A Catarina Mina, reconhecida marca cearense de moda autoral, acaba de lançar nacionalmente a coleção "Poti" e leva seu artesanato tradicional e local para outros estados do Brasil.

Fruto de uma parceria com o Sebrae do Rio Grande do Norte, as peças nascem após uma série de oficinas de capacitação de artesãs em gestão e design, resultando em produtos que aumentam as chances de inserção de mulheres neste mercado tradicionalmente desafiado pela falta de acesso e competitividade.

Segundo o Sebrae, a iniciativa fortalece a cadeia produtiva nordestina e pode ser replicada em outras regiões, contribuindo para movimentar a economia local e geração de renda.

A coleção recebe o nome carinhoso dado aos potiguares - palavra de origem indígena que identifica os nascidos no Rio Grande do Norte, território das antigas tribos Tupi. Mais que uma escolha poética, o simboliza o encontro, a escuta e a valorização das tradições locais, pilares da filosofia da marca. 

Quatro tradições em uma única coleção

O projeto trabalhou com quatro tipologias artesanais características do Rio Grande do Norte: a modelagem da cerâmica, o trançado de palha de sisal, a renda de bilro e o bordado de Caicó -- este último reconhecido como Patrimônio Imaterial Brasileiro.

"Foi a primeira vez que atravessamos os limites geográficos do Ceará para seguir costurando o Brasil com o que nele há de mais precioso: o artesanato, e quem o faz", contou Celina Hissa, fundadora da Catarina Mina.

Os produtos se propõe a unirem saberes tradicionais e inovação. É o caso de bonés confeccionados com trançado de sisal pelas artesãs de Lajes Pintadas. A técnica ancestral utiliza apenas linha e tecido de sisal, entrelaçados com agulha e protagonizado por mulheres da região.

Oficinas e tecnologia social

Um dos destaques é o bordado de Caicó, uma técnica única onde o desenho vai crescendo à medida que o tecido é desfeito, preenchido por pontos cruzados de impressionante delicadeza.

A "Oficina Catarina Mina" foi estruturada em três etapas. Em dezembro de 2024, foi realizado o diagnóstico inicial, com escuta e mobilização dos grupos artesanais.

Já janeiro de 2025 foi marcado pelas visitas in loco de Celina e sua equipe, momento em que foram definidos os temas da coleção, a curadoria de produtos e realizadas as aulas práticas para aprimoramento da gestão e do design.

O lançamento nacional da coleção aconteceu em julho de 2025, após uma prévia apresentada em maio no desfile da marca durante o Dragão Fashion Brasil (DFB), evento de moda autoral realizado anualmente no Ceará.

"Mais que simplesmente capacitar, mostramos para as artesãs as potencialidades de seus ofícios que muitas vezes elas não enxergam", complementou Celina.

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