ESG

Apoio:

Logo TIM__313x500
logo_unipar_500x313
logo_espro_500x313
ONU_500X313 CBA
ONU_500X313 Afya
ONU_500X313 Pepsico
Logo Lwart

Parceiro institucional:

logo_pacto-global_100x50

Cai a presença de mulheres e pessoas negras em publicidade nas redes sociais, aponta pesquisa

Pesquisa Diversidade na comunicação de marcas em redes sociais, realizada pela SA365, Elife e Buzzmonitor revela como ocorre a presença de brancos, negros, homens, mulheres, pessoas com deficiência, gordos, idosos e indígenas nas publicidades em redes sociais

 (Georgijevic/Getty Images)

(Georgijevic/Getty Images)

Marina Filippe
Marina Filippe

Repórter de ESG

Publicado em 14 de junho de 2024 às 07h00.

Enquanto a presença de mulheres e pessoas negras caiu nas redes sociais de marcas, a de homens cresceu no ano passado, é o que revela a pesquisa Diversidade na comunicação de marcas em redes sociais, realizada pela SA365, Elife e Buzzmonitor, que analisa a presença dos 20 principais anunciantes do país, somando 54 marcas. As publicações analisadas foram retiradas das redes sociais X, Instagram e Facebook e publicadas durante 2023.

Os homens continuam dominando as publicações das marcas e registraram um leve aumento de presença em 2023, enquanto mulheres e pessoas negras registraram leves quedas. De acordo com Breno Soutto, diretor de Inteligência da Buzzmonitor, há também uma questão da tecnologia (confirma metodologia ao final). “A inteligência artificial utilizada na metodologia pode não ter sido capaz de reconhecer uma etnia. Fizemos um controle de qualidade, mas pode haver variação”, afirma.

Já em comparação com o ano anterior, asiáticos e idosos subiram dois pontos percentuais de presença, mas ainda representam 8,6% e 3,1%, respectivamente. Já as pessoas gordas, que estiveram em 1,9% das publicações no ano passado, tiveram queda de um ponto percentual; e LGBTI+ foram também 1,9%, mas com queda de três pontos percentuais.

Para a diversidade sexual há também considerações na análise, visto que não é possível saber a orientação sexual de uma pessoa apenas olhando-a. “Quando a classificação era humana, a gente tinha indicadores: contexto da imagem indicada, como dois homens em uma situação de casal clara, algo com a bandeira da diversidade, ou figura pública assumidamente homossexual. Contudo, a IA não vai considerar o último caso”, explica Soutto.

A pesquisa aponta ainda a disparidade entre a presença de diversidade nas publicidades e na população brasileira.

Interação entre os grupos

Mesmo quando pessoas de grupos socialmente subrepresentados aparecem nas fotos, em geral, elas estão acompanhadas de pessoas brancas. De acordo com a pesquisa, negros estiveram acompanhados por brancos em 31,9% das publicações; asiáticos estiveram acompanhados por brancos em 31% das publicações e indígenas estiveram acompanhados por brancos em 66,7% das publicações.

Além disto, homens estiveram somente com seu gênero em 69,0% das publicações; mulheres aparecem somente entre elas em 57,6% das imagens; sendo que 35,7% das pessoas apontadas como sexualmente diversas eram mulheres e 64,2% eram homens.

A pesquisa revela ainda os setores nos quais as pessoas mais foram retratadas, sendo homens mais presentes no varejo; mulheres em higiene e beleza; pessoas negras em telecomunicações; asiáticos em entretenimento; idosos em farmacêutico; pessoas gordas no setor bancário; LGBTI+ em entretenimento; pessoas com deficiência em telecomunicações e indígenas em entretenimento.

Acompanhe tudo sobre:DiversidadePesquisaRedes sociaisPublicidade

Mais de ESG

Entenda os principais acordos da COP29 em Baku

COP29: ONU esperava mais ambição. Leia reações de países ao acordo final

COP29 aprova US$ 300 bi para financiamento climático após muito impasse

COP29: Regras de mercado de carbono internacional são aprovadas