ESG

C&A e Malwee lideram índice de transparência na moda brasileira

Empresas são as que mais divulgam dados sobre políticas e impactos socioambientais, entre 200 indicadores analisados pela iniciativa Fashion Revolution

Fábrica do grupo têxtil Malwee. Foto: Malwee/Divulgação (Malwee/Divulgação)

Fábrica do grupo têxtil Malwee. Foto: Malwee/Divulgação (Malwee/Divulgação)

RC

Rodrigo Caetano

Publicado em 30 de novembro de 2021 às 12h30.

Última atualização em 1 de dezembro de 2021 às 10h08.

As marcas C&A e Malwee são as mais transparentes no setor de moda brasileiro, segundo ranking elaborado pelo movimento Fashion Revolution. As empresas marcaram, respectivamente, 70% e 66% no índice, que mede o nível de divulgação de informações sobre políticas socioambientais adotadas pelas companhias.

Completam a lista das mais transparentes Renner (57%), Youcom (57%) e Adidas (53%). O ranking considera 50 empresas, entre marcas e varejista. A pontuação média foi de 18%. A análise considera mais de 200 indicadores, como práticas de compra, salário justo, igualdade de gênero e racial, circularidade e respostas à pandemia.

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O índice foi lançado há quatro anos como uma das iniciativas do Fashion Revolution, movimento global criado em 2013, como resposta ao desastre do Rana Plaza, em Bangladesh. O prédio abrigava cinco confecções de roupas e desabou, matando 1.138 pessoas.

A tragédia é considerada um ponto de inflexão no mercado de moda. As confecções trabalhavam para as melhores grifes do planeta. A desproporção entre os salários das costureiras e o preço final das peças nas butiques da Champs-Élysées, sem contar as péssimas condições de trabalho, gerou uma mobilização global pela transparência no segmento.

Embora o ranking apresente uma boa fotografia das marcas com atuação mais sustentável, ele apenas indica as empresas que se dispõem a divulgar informações, e não o que de fato estão fazendo.

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