ESG: varejistas de moda também estão se adaptando aos padrões ambientais e de governança (Divulgação/Divulgação)
A EXAME Invest Pro atualizou, na última segunda-feira, 6, a carteira ESG Invest. O relatório traz recomendações de empresas que possuem bons parâmetros de governança e sustentabilidade. Em março, cinco empresas chamaram a atenção da equipe de analistas. Entre elas, a C&A (CEAB3), rede varejista do setor de moda, que acaba de entrar na lista.
A indústria têxtil é uma das mais poluentes do mundo (mais que navios e aviões). Isso acontece devido à velocidade de mudança nos catálogos periodicamente e aos materiais usados na fabricação de camisetas, bermudas, vestidos, shorts, entre outros itens de vestuário.
Mesmo diante desse cenário, Renata Faber, head de ESG da EXAME Invest Pro, explica que a C&A se destaca por se preocupar com a busca por matérias-primas mais sustentáveis e por cuidar da sua rede de fornecedores. "A empresa também acredita que o consumidor não deve pagar mais ao buscar a sustentabilidade", destacou Faber no relatório.
A especialista ainda enumerou quatro pilares que podem significar oportunidades de investimento na C&A. Entre eles, a proposta de comércio eletrônico da companhia. Apesar de o e-commerce não ser tão significativo nas vendas da varejista no Brasil, a companhia tem incentivado o progresso na integração de sua operação física com o meio online.
Comprar ações, por mais que pareça um ato muito simples, não se trata apenas de aportar parte do dinheiro em empresas listadas na bolsa. Os investidores precisam atentar a uma série de parâmetros para entender o potencial de crescimento de uma companhia.
Mas também buscam cada vez mais aquelas empresas com valores que vão de encontro aos seus. A carteira ESG Invest, da EXAME Invest Pro, existe para isso: apontar as empresas que também possuem alto padrão social, ambiental e de governança.
Mas vale destacar que, assim como todas as empresas da bolsa, investir em companhias que possuem bons padrões ESG não exime o investidor dos riscos, apesar de reduzi-los fortemente. "No caso da C&A, é preciso ficar atento ao cenário macroeconômico, que pode ter efeito direto no consumo. O ambiente competitivo também pode representar um risco", apontou Faber.