BTG: nova linha de US$ 300 milhões vai financiar PMEs brasileiras (Leandro Fonseca/Exame)
O BTG Pactual (do mesmo grupo que controla a EXAME) anunciou nesta quinta-feira, 16, uma nova linha de crédito de 300 milhões dólares para financiar micro, pequenos e médios negócios do país. O financiamento é fruto de um acordo com a United States International Development Finance Corporation (DFC), agência do governo dos Estados Unidos encarregada de promover o investimento privado em países menos desenvolvidos.
O repasse é parte do compromisso com as PMEs brasileiras, duramente impactadas pela pandemia de covid-19 mas que, segundo o banco, são grandes motores da retomada econômica. A linha de crédito é também uma tentativa de ampliar os esforços do BTG na criação de produtos voltados às empresas de pequeno porte em sua plataforma BTG+ business, criada em 2019 e com um carteira que ultrapassa os 14 bilhões de reais.
A parceria com a DFC mira o longo prazo e, além do olhar para as PMEs, mira a equidade de gênero, ao apoiar empresas lideradas por mulheres e com representação majoritária de mulheres em sua força de trabalho, além de empreendimentos de regiões menos desenvolvidas economicamente no Norte e Nordeste do Brasil.
“Essa linha já nasce 100% aplicada e com lastro, afinal já temos operações em nossa carteira que se encaixam nesses critérios. A proposta é continuar refinanciando pequenas e médias empresas e empreendedores que já contam com o BTG+ business e esperamos que isso aumente ainda mais com a atividade econômica retomando à normalidade”, diz Caio Zanette, sócio do BTG Pactual e responsável pela captação.
A injeção de capital deve vir, pela ordem de priorização para o banco, nos produtos de antecipação de cartão de crédito e financiamento para a cadeia de suprimentos.
"Estamos extremamente satisfeitos com nosso acordo com a DFC, pois ele nos fornecerá mais financiamento para continuar desenvolvendo nosso negócio de PME, gerando forte impacto positivo na comunidade através da aplicação dos critérios dos critérios do 2x Challenge. Isso consolida ainda mais nossos esforços de ESG, focados nos benefícios sociais que o acordo nos levará, ajudando-nos a nos tornarmos a instituição financeira líder em ambiente ESG na América Latina", afirma Roberto Sallouti, CEO do BTG Pactual.
Olhar para o S do ESG, mirando empresas com quadros de funcionários feminino e com mulheres em cargos de liderança, ou de regiões menos desenvolvidas do país, explica Zanette, é uma extensão dos compromissos do BTG com a agenda socioambiental. “Essa arrecadação contribui para a nossa estratégia de ESG além da parte ambiental e dos créditos verdes, os green bounds”, diz Zanette.
Além de olhar para a equidade de gênero, empresas das regiões Norte e Nordeste do país também poderão acessar os 300 milhões de dólares.
"Estamos orgulhosos de fazer parceria com o BTG Pactual por meio dessa transação para desbloquear todo o potencial econômico de mulheres empreendedoras e ajudar a enfrentar as lacunas de desenvolvimento rural e a desigualdade de renda no Brasil", disse, em nota, Algene Sajery, vice-presidente do Escritório de Assuntos Externos da DFC e chefe de iniciativas globais de equidade de gênero.
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