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Ministra brasileira do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva: "A metodologia da nova NDC se estende ao transporte, indústria, agricultura e também desmatamento. É assim que iremos conseguir" (Leandro Fonseca/Exame)
Repórter de ESG
Publicado em 12 de novembro de 2024 às 14h56.
Última atualização em 12 de novembro de 2024 às 16h50.
Alguns dias antes da COP29 em Baku, no Azerbaijão, o Brasil atualizou sua meta climática (a NDC ou Contribuição Nacionalmente Determinada) e estabeleceu a meta de reduzir as emissões líquidas de gases de efeito estufa em 67% até 2035. Isto significaria chegar a 850 milhões de toneladas de CO2 em números absolutos, dentro dos objetivos previstos no Acordo de Paris.
Embora tenha recebido críticas de ambientalistas e especialistas por não ser suficiente para a descarbonização, Marina Silva destacou nesta terça-feira (12) que a revisão é ambiciosa e o Brasil quer liderar pelo exemplo.
"Já estamos chegando aqui em Baku com resultados que são altamente sustentadores dessa posição", disse em conversa com jornalistas durante a Conferência do Clima da ONU (COP29), no Azerbaijão.
Na quarta-feira (13), o país irá apresentar oficialmente todos os detalhes de seu novo compromisso para combater a crise climática e o documento será entregue pelo vice-presidente brasileiro, Geraldo Alckmin, a Simon Stiell, secretário executivo da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC).
Segundo a ministra brasileira do Meio Ambiente e Mudança do Clima, o alcance da nova NDC será possível graças a um detalhamento que contempla metas para todos os setores da economia e considera todos os gases causadores do efeito estufa. "É uma metodologia que se estende ao transporte, indústria, agricultura e também desmatamento. É assim que iremos conseguir", destacou.
Marina Silva também reforçou o compromisso brasileiro com o desmatamento zero e a implementação de estratégias que sustentam a agenda, como o plano de transformação ecológica, plano clima e plano de prevenção e controle do desmatamento para todos os biomas.
“Queremos aumentar a produtividade, mas não por expansão predatória da nossa fronteira agrícola. Nós temos condição de dobrar a produção sem precisar destruir a floresta e a biodiversidade”, complementou.