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Brasil, EUA e China: o pronunciamento dos países após texto final da COP28

Representantes de diferentes países, além da ONU e a presidência da COP, divulgam suas percepções sobre os 196 tópicos que abordam temas como transição energética, fim gradual do uso dos combustíveis fósseis, entre outros

John Kerry, enviado Presidencial Especial para o Clima dos Estados Unidos na COP28  (Leandro Fonseca/Exame)

John Kerry, enviado Presidencial Especial para o Clima dos Estados Unidos na COP28 (Leandro Fonseca/Exame)

Publicado em 13 de dezembro de 2023 às 10h35.

Última atualização em 13 de dezembro de 2023 às 10h35.

Após a divulgação do texto final da COP28, a 28ª Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas, especialistas e representantes de diferentes países, além da ONU e a presidência da COP, divulgam suas percepções sobre os 196 tópicos que abordam temas como transição energética, fim gradual do uso dos combustíveis fósseis, entre outros.

Presidência da COP28

É uma decisão "histórica para acelerar a ação climática", declarou Sultan Al Jaber, presidente emiradense desta conferência da ONU que reuniu cerca de 200 países.

ONU

"A era dos combustíveis fósseis deve terminar e isso deve ser feito com justiça e equidade", disse o secretário-geral da ONU, António Guterres, depois do anúncio do acordo. "A saída dos combustíveis fósseis é inevitável, vocês gostem ou não. Esperemos que não chegue tarde demais", destacou, dirigindo-se "àqueles que se opuseram a uma referência clara" a esta noção de eliminação no texto da COP28.

Brasil

"É fundamental que os países desenvolvidos tomem a dianteira na transição rumo ao fim dos combustíveis fósseis e assegurem os meios necessários para os países em desenvolvimento", declarou Marina Silva na plenária da COP28 nesta quarta-feira.

Estados Unidos

"Acredito que todos ficarão satisfeitos por, em um mundo abalado pela guerra na Ucrânia e no Oriente Médio e por todos os outros desafios de um planeta vacilante, haver uma razão para ser otimista, para ter gratidão e para felicitar todos aqui juntos", disse o emissário dos EUA para o Clima, John Kerry.

China

"Os países desenvolvidos têm uma responsabilidade histórica inabalável pela mudança climática e, portanto, devem tomar a iniciativa de embarcar no caminho de 1,5ºC antes que o resto do mundo", disse o vice-ministro chinês do Meio Ambiente, Zhao Yingmin.

União Europeia

"O acordo marca o início de uma era posterior (aos combustíveis) fósseis", disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. "O mundo apoiou as metas da UE para 2030: triplicar as energias renováveis e duplicar a eficiência energética", acrescentou.

Espanha

"Acredito que o abandono dos combustíveis fósseis é uma das melhores notícias que poderíamos ter recebido de Dubai", afirmou o presidente do Governo espanhol, Pedro Sánchez, perante o Parlamento Europeu, em Estrasburgo.

França

O presidente francês, Emmanuel Macron, saudou "um passo importante" que "compromete o mundo com uma transição sem combustíveis fósseis" e pediu para "acelerar" a luta contra o aquecimento global. Em uma mensagem na rede social X (antigo Twitter), destacou ainda o reconhecimento do "papel fundamental da energia nuclear" que a França defendeu, em paralelo com a necessidade de triplicar as energias renováveis.

Países árabes

"O Grupo Árabe expressa a sua gratidão pelos grandes esforços da presidência dos Emirados Árabes Unidos e da sua equipe", declarou o representante da delegação saudita na COP28, o saudita Albara Tawfiq, que preside o Grupo Árabe na ONU Clima, saudando "o grande sucesso" da conferência.

Ele citou as conquistas do texto final, como a menção às tecnologias de captura e armazenamento de carbono, promovidas pelos países produtores de petróleo para continuarem produzindo hidrocarbonetos.

Pequenos Estados Insulares

A Aliança dos Pequenos Estados Insulares (Aosis), particularmente ameaçada pela mudança climática, manifestou reservas e preocupações após a aprovação do texto, que considera insuficiente. "Demos um passo à frente no que diz respeito ao status quo, mas o que realmente precisamos é de uma mudança exponencial", disse Anne Rasmussen, representante das Ilhas Samoa e presidente da Aosis, uma declaração aplaudida por representantes europeus e outras nações.

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