ESG

Apoio:

logo_unipar_500x313
logo_espro_500x313
Logo Lwart

Parceiro institucional:

logo_pacto-global_100x50

Brasil dá visibilidade a informação científica sobre clima com relatório do IPCC em português

Tradução de versão sintetizada dos documentos para o 5º idioma mais falado no mundo foi feita pelo MCTI e o Pacto Global da ONU no Brasil

Acesso: É preciso derrubar barreira, como a do idioma, quando quando se fala de mudanças climáticas, diz Pereira, do Pacto Global Brasil (Leandro Fonseca/Exame)

Acesso: É preciso derrubar barreira, como a do idioma, quando quando se fala de mudanças climáticas, diz Pereira, do Pacto Global Brasil (Leandro Fonseca/Exame)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 2 de dezembro de 2023 às 12h01.

O mais recente relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC), traduzido para o português, foi apresentado pelo Brasil na COP28, em Dubai. A iniciativa foi conduzida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e o Pacto Global da ONU no Brasil.

A versão do relatório, apresentada durante o evento oficial do Núcleo Lusófono, busca facilitar o acesso e ampliar a difusão das informações científicas mais recentes sobre mudança do clima para toda a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP).

A Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) é formada por Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné-Equatorial, Moçambique, Portugal, Timor-Leste e São Tomé e Príncipe. O grupo de países abrange mais de 250 milhões de pessoas.

O conteúdo é importante no subsídio a políticas públicas ao considerar os resultados dos diferentes relatórios deste sexto ciclo do IPCC. Por exemplo, quanto a necessidade de integrar as agendas de redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE) e de adaptação à mudança do clima mirando o desenvolvimento resiliente ao clima.

O Sexto Ciclo do IPCC, elaborado desde 2015, teve a contribuição de uma série de cientistas brasileiros nos grupos de trabalho e no processo de elaboração dos relatórios.

“O relatório traduzido é um grande esforço e acerto de todas as partes envolvidas. Quando se trata de mudanças climáticas, é preciso ser muito objetivo e derrubar qualquer barreira, dentre elas, a da língua. Tornar as informações científicas acessíveis a mais pessoas, empresas e países traz todos para a ação e permite que tudo seja mais assertivo”, diz Carlo Pereira, CEO do Pacto Global da ONU no Brasil.

Sem barreiras

O acesso ao material técnico-científico no idioma nativo representa para alguns países o fim das barreiras para engajamento e a participação de especialistas e gestores públicos e privados em torno da agenda climática, como a adoção de ações nas áreas de mitigação, adaptação e tecnologia.

O relatório detalha, com alta confiança, que reduções profundas, rápidas e sustentadas nas emissões de GEE levariam a uma desaceleração no aquecimento global em cerca de duas décadas, além de mudanças na composição atmosférica dentro de alguns anos.

O documento - uma base de avaliação da literatura científica, técnica e socioeconômica disponível - disponibiliza aos governos informações científicas que podem ser usadas no desenvolvimento de políticas climáticas nacionais e regionais, além de serem subsídios para as negociações internacionais sobre mudanças no clima.

Posição pioneira

Como explica Luciana Santos, ministra de Estado da Ciência Tecnologia e Inovação do Brasil, o Brasil sempre foi pioneiro na agenda climática e tem na cooperação um dos pilares da ação internacional. “Ao tornar a informação científica mais acessível, temos a convicção de que estamos contribuindo em mais um aspecto para o enfrentamento das mudanças climáticas”, diz.

Segundo a CPLP, a língua portuguesa é o quinto idioma mais falado no mundo. O idioma não está entre as linguagens oficiais da Organização das Nações Unidas. Por isso, por iniciativa do governo brasileiro, a partir do Sexto Ciclo de Avaliação (AR6) do IPCC os relatórios especiais passaram a ser traduzidos e disponibilizados em formato digital nos sites do MCTI e do IPCC. A ação demonstra o engajamento do Brasil na pauta climática e a cooperação com os demais países lusófonos.

A publicação digital está disponível no endereço eletrônico do Sistema Nacional de Registro de Emissões (SIRENE) do Brasil. O Relatório Síntese do Sexto Ciclo de Avaliação (AR6) do IPCC, lançado em março de 2023, nas versões do relatório completo (Longer Report) e Sumário para Formuladores de Políticas (Summary for Policymakers - SPM), conta com as principais informações mais recentes sobre as mudanças globais do clima.

Acompanhe tudo sobre:Exame na COP28COP28Clima

Mais de ESG

Cooperativa da Amazônia triplica faturamento com exportação de açaí em pó

ENGIE Brasil Energia recicla em tempo recorde 2900 toneladas de painéis solares

Mulheres negras e indígenas são foco de capacitação no setor da moda

Como as tarifas de Trump podem impactar o mercado energético brasileiro?