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Bradesco, Itaú e Santander criam conselho para desenvolver a Amazônia

Os três bancos estão propondo 10 medidas para desenvolver a região de forma sustentável. Grupo de cientistas e biólogos se reunirá a cada 3 meses

Entre as propostas dos bancos para desenvolver a Amazônia está o estimulo às cadeias sustentáveis na região (cacau, açaí e castanha) por meio de linhas de financiamento diferenciadas (Ricardo Lima/Getty Images)

Entre as propostas dos bancos para desenvolver a Amazônia está o estimulo às cadeias sustentáveis na região (cacau, açaí e castanha) por meio de linhas de financiamento diferenciadas (Ricardo Lima/Getty Images)

RC

Rodrigo Caetano

Publicado em 26 de agosto de 2020 às 10h59.

Os três maiores bancos do Brasil, Bradesco, Itaú e Santander, anunciaram, hoje, os nomes que irão compor o Conselho Consultivo da Amazônia. O grupo foi criado para apoiar a implementação das dez medidas para o desenvolvimento sustentável da região, que foram propostas pelas instituições financeiras no mês passado. 

“Estamos muito satisfeitos por reunir este grupo altamente qualificado e que conhece profundamente os desafios do Brasil na área ambiental e, mais especificamente, na Amazônia”, afirma Candido Bracher, presidente do Itaú Unibanco. “A colaboração dos conselheiros consultivos será fundamental para que nossa atuação na região seja efetiva e gere os impactos positivos que buscamos.”

Fazem parte do conselho: 

  • Adalberto Luís Val, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)
  • Adalberto Veríssimo, pesquisador associado e co-fundador do Imazon 
  • André Guimarães, diretor-executivo do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) 
  • Carlos Nobre, cientista destacado principalmente na área dos estudos sobre Mudanças Climáticas e Amazônia e atual responsável pelo projeto Amazônia 4.0 
  • Denis Minev, diretor-presidente das Lojas Bemol e co-fundador da Fundação Amazonas Sustentável
  • Izabella Teixeira, ex-ministra do Meio Ambiente (2010-2016)  
  • Teresa Vendramini, presidente da Sociedade Rural Brasileira 

As 10 medidas para desenvolver a Amazônia foram apresentadas pelos bancos ao Governo Federal. A constituição do conselho já estava prevista. A ideia é que os cientistas trabalhem no detalhamento das medidas e no estabelecimento das metas. 

O grupo também será responsável por acompanhar os desdobramentos dos planos e por criar métricas e objetivos alinhados aos desafios locais. As ações — que estão previstas para começar ainda neste ano — serão coordenadas com o governo e implementadas em parceria com as iniciativas públicas.

“Queremos dar passos concretos para tornar o discurso em realidade. A Amazônia não é um problema. O ato de proteger a Amazônia guarda boa parte das respostas corretas para um mundo que tem dúvidas e incertezas”, afirmou, no dia do anúncio das medidas, Octavio de Lazari Junior, presidente do Bradesco. 

Para Sérgio Rial, presidente do Santander Brasil, a dimensão do desafio impõe uma atuação firme e veloz a todos os atores. “Com a união de esforços de nossa indústria, conseguiremos fazer ainda mais por essa região, que tem um valor inestimável não só para o país, mas para todo o planeta”, diz.

Entre as ações que farão parte desse plano, estão:

  • Estimulo às cadeias sustentáveis na região (cacau, açaí e castanha) por meio de linhas de financiamento diferenciadas e/ou ferramentas financeiras e não financeiras
  • Viabilização de investimentos em infraestrutura básica para o desenvolvimento social (energia, internet, moradia e saneamento) e ambiental (transporte hidroviário)
  • Fomento de um mercado de ativos e instrumentos financeiros de lastro verde
  • Atração de investimentos e promoção de parcerias para o desenvolvimento de tecnologias que impulsionem a bioeconomia
  • Apoio para atores e lideranças locais que trabalhem em projetos de desenvolvimento socioeconômico na região
Acompanhe tudo sobre:AmazôniaBancosBradescoItaúSantander

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