ESG

Apoio:

Logo TIM__313x500
logo_unipar_500x313
logo_espro_500x313
ONU_500X313 CBA
ONU_500X313 Afya
ONU_500X313 Pepsico
Logo Lwart

Parceiro institucional:

logo_pacto-global_100x50

Botos surgem mortos em afluente do Rio Solimões, no Amazonas

Segundo instituto, em uma semana, ao menos um animal foi encontratdo morto por dia na região do Lago Tefé; especialistas monitoram para saber se alta da temperatura da água influencia nas condições de saúde

Ameaçados: uma das hipóteses é a proximidade entre os botos e as embarcações (	Ricardo Lima/Getty Images)

Ameaçados: uma das hipóteses é a proximidade entre os botos e as embarcações ( Ricardo Lima/Getty Images)

Agência Brasil
Agência Brasil

Agência de notícias

Publicado em 20 de setembro de 2024 às 13h48.

Última atualização em 27 de setembro de 2024 às 17h13.

Em apenas uma semana, um boto foi encontrado morto por dia na região do Lago Tefé, no Amazonas. Na última quarta-feira, 18, a carcaça de um filhote foi descoberta na margem arenosa do lago, exposta pelo recuo das águas devido à seca na região.

Em 2023, mais de 200 animais da espécie ameaçada de extinção morreram no Lago Tefé, um afluente do Rio Solimões, por causa da alta temperatura da água.

“Nós temos encontrado vários animais mortos. Na semana passada nós tivemos uma média de um por dia”, afirmou a chefe do projeto de pesquisa em mamíferos aquáticos amazônicos no Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, Miriam Marmontel.

Por enquanto, os especialistas não veem ligação entre as altas temperaturas das águas e a morte dos animais.

“Nós ainda não estamos associando com a mudança da temperatura da água, a temperatura excessiva, mas à exacerbação da proximidade entre as populações humanas, principalmente pescadores e os animais", avaliou Miriam.

Segundo a pesquisadora do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, o ambiente lacustre é muito restrito e fica ainda mais raso com a seca. "O canal tem dois metros de profundidade, talvez 100 metros de largura, no máximo. E todos os animais estão concentrados nessa área e é por esse mesmo canal que passam todas as embarcações que estão acessando Tefé. Desde uma rabeta até uma balsa pesada e grande.”

De qualquer forma, diz Miriam Marmontel, a temperatura da água tem sido constantemente monitorada.

“Normalmente, o lago varia – ao longo do ano – entre 22 e 32 graus centígrados. Nós temos já monitorado ou documentado temperaturas agora de manhã de 27 graus. Entre as 4 e 6 da tarde, o pico da temperatura, nós já temos registrado 38ºC. Então, já é uma variação grande, de 10 graus centígrados em doze horas, que é uma variação muito brusca.”

Acompanhe tudo sobre:ÁguaSecasMortesIncêndiosEmissões de CO2Mudanças climáticasExame na Assembleia Geral

Mais de ESG

O chamado de Gaia: o impacto da crise climática sobre as mulheres

O que é o mercado de carbono e por que ele pode alavancar a luta contra a crise climática

Rascunho atrasado e sem números: cresce temor sobre "COP do retrocesso"

COP29: países ricos se comprometem a parar de abrir centrais a carvão