Apoio:
Parceiro institucional:
A Caatinga, bioma exclusivamente brasileiro, representa cerca de 10% do território nacional e sofre com a degradação ambiental e secas históricas (Getty Images)
Repórter de ESG
Publicado em 8 de janeiro de 2025 às 11h53.
Última atualização em 8 de janeiro de 2025 às 13h48.
O total de investimento previsto é de R$ 693 milhões, sendo via de regra 50% oriundos do Fundo Socioambiental do BNDES e a outra metade de instituições parceiras.
O projeto inicial abrange 340 hectares e inclui a Área de Proteção Ambiental (APA) da Serra da Aratanha e do Parque Estadual das Águas, incluindo seis municípios da região metropolitana de Fortaleza, no Ceará. Cada parceiro contribuirá com R$ 5 milhões[/grifar], que serão geridos pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), responsável pela liberação e monitoramento dos recursos.
Deste montante, R$ 8,5 milhões serão alocados na execução de atividades geridas pela Fundação Avina, em parceria com o Instituto Agir Ambiental, e o restante será utilizado em atividades relacionadas à certificação de carbono e pesquisas. O prazo para a conclusão do projeto é de 4 anos.Em nota, o BNDES destacou que principal objetivo é fortalecer a segurança hídrica de rios e açudes que abastecem a região metropolitana de Fortaleza, como os açudes Gavião e Pacoti e o Rio Cocó.
A ação também contribui para o Corredor Ecológico do Rio Pacoti, interligando áreas de proteção como a Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Chanceler Edson Queiroz, a Terra Indígena Pitaguary e a Terra Quilombola Alto Alegre.
A Caatinga, bioma exclusivamente brasileiro, representa cerca de 10% do território nacional e sofre com a degradação ambiental. Além da restauração, a iniciativa prevê o incentivo a sistemas agroflorestais, a criação de viveiros para espécies nativas e a movimentação da economia local.
“Ao apoiar o restauro de regiões de Caatinga, o BNDES contribui para reforçar a segurança hídrica da região, uma das mais afetadas historicamente pelas secas no semiárido nordestino, preservar a biodiversidade do bioma e apoiar atividades sustentáveis que geram renda para as populações locais, em linha com o compromisso do governo de combater a pobreza e as desigualdades", disse em nota Tereza Campello, diretora socioambiental da instituição.
O coordenador de Sustentabilidade do Grupo Heineken, Breno Aguiar de Paula, também destacou sua importância: “a iniciativa reflete nosso cuidado com a Caatinga, um bioma exclusivamente brasileiro, rico em biodiversidade e cheio de potencial para preservar importantes serviços ambientais, como a oferta de água. Além disso, destaca-se por sua relevância cultural e pelo papel essencial na subsistência da região”.