ESG

Apoio:

Logo TIM__313x500
logo_unipar_500x313
logo_espro_500x313
ONU_500X313 CBA
ONU_500X313 Afya
ONU_500X313 Pepsico
Logo Lwart

Parceiro institucional:

logo_pacto-global_100x50

Bioeconomia: pesquisa mostra que resíduos do setor madeireiro são esperança para a saúde

Pesquisadores buscam potencial biológico de uma série de espécies madeireiras da Região Amazônica; entre as biomoléculas para a investigação do princípio ativo estão antimaláricos, antifúngicos e antibacterianos

Potencial: a samaúma é uma das espécies pesquisadas no Amazonas (Leandro Fonseca/Exame)

Potencial: a samaúma é uma das espécies pesquisadas no Amazonas (Leandro Fonseca/Exame)

Paula Pacheco
Paula Pacheco

Jornalista

Publicado em 8 de maio de 2024 às 07h30.

Um estudo recém-divulgado aponta para as vantagens do aproveitamento dos resíduos sólidos do setor madeireiro. O uso dos descartes preserva o meio ambiente e permite obter modelos de moléculas obtidas a partir de serragens que iriam para aterros.

Entre os resultados estão o conhecimento químico e tecnológico, a busca de potencial biológico de espécies madeireiras da Região Amazônica, a descoberta de algumas moléculas e o potencial biológico das biomoléculas para a investigação do princípio ativo como antimalárico, antifúngico, antibacteriano e inseticida.

Segundo informações da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), divulgadas pela coordenadora da pesquisa, doutora em química Maria da Paz Lima, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), foram usados os resíduos madeireiros de uma série de espécies de plantio, área de manejo ou de demolição.

São elas: acácia (Acacia mangium), angelim-pedra (Hymenolobium petraeum), angelim-rajado (Zygia racemosa), breu-vermelho (Protium puncticulatum), breu-vermelho (Protium tenuifolium), camarurana (Dipteryx polyphylla), cedro (Cedrela odorata), ingá (Inga alba), ipê-amarelo (Tabebuia serratifolia), jatobá (Hymenaea courbaril), louro-aritu (Ocotea neesiana), louro-faia (Roupala montana), macacaúba (Platymiscium ulei), samaúma (Ceiba pentandra), sucupira-vermelha (Andira parviflora) e tatajuba (Bagassa guianensis).

Ganhos

“A divulgação dos resultados do projeto tem auxiliado o setor madeireiro e a sociedade em geral a valorizar os resíduos sólidos.  O aproveitamento do descarte de resíduos sólidos tem um papel importante na preservação do meio ambiente, sobretudo quando esse é enriquecido com conhecimento químico, tecnológico e biológico”, disse a pesquisadora ao site da Fapeam.

Participaram dos estudos pesquisadores das áreas de Engenharia Florestal, Química de Produtos Naturais e Farmacologia. Com isso, foi possível ter abordagens diferentes. Por exemplo, com a avaliação das propriedades tecnológicas da madeira, os estudos fitoquímicos para purificação e identificação das moléculas por ressonância magnética nuclear e os ensaios biológicos para busca dos princípios ativos.

Os resultados do projeto permitiram ainda que se acrescentasse um número significativo de amostras ao Banco de Moléculas do Laboratório de Química de Produtos Naturais (LQPN), do Inpa, fornecendo uma base de dados para outros projetos direcionados à busca de princípios ativos, segundo a coordenadora da pesquisa.

“O recurso financeiro concedido pela Fapeam foi fundamental para os resultados do projeto. A importância da pesquisa foi a agregação de valor aos resíduos sólidos, que além dos conhecimentos científicos gerados, contribuiu de forma positiva com a preservação do meio ambiente”, ressaltou Maria da Paz.

Acompanhe tudo sobre:infra-cidadãAmazonasFlorestasMadeiraPesquisabioeconomiaEconomia Circular

Mais de ESG

O que é o mercado de carbono e por que ele pode alavancar a luta contra a crise climática

Rascunho atrasado e sem números: cresce temor sobre "COP do retrocesso"

COP29: países ricos se comprometem a parar de abrir centrais a carvão

Clima de tensão: Austrália e Turquia entram em impasse para sediar Cúpula do Clima em 2026