ESG

Apoio:

Logo TIM__313x500
logo_unipar_500x313
logo_espro_500x313
ONU_500X313 CBA
ONU_500X313 Afya
ONU_500X313 Pepsico

Parceiro institucional:

logo_pacto-global_100x50

B.O.B cresce e quer lançar mais itens de higiene e beleza sem uso plástico

Startup recebeu aporte Grupo GHT4 e, agora, busca expandir a linha de produtos sustentáveis, que levam pouca água e não usam plástico na embalagem

B.O.B: produtos de higiene e beleza com menos água e zero plástico (B.O.B/Divulgação)

B.O.B: produtos de higiene e beleza com menos água e zero plástico (B.O.B/Divulgação)

Marina Filippe

Marina Filippe

Publicado em 22 de março de 2022 às 07h00.

Última atualização em 22 de março de 2022 às 17h15.

Após anos trabalhando em grandes companhias, os amigos de infância Andreia Quercia e Victor Falzoni decidiram empreender em algo que fosse sustentável e com propósito. Ao investigar modelos de negócios no Brasil e em outros países, decidiram pela fundação da startup de higiene e beleza B.O.B (Bars Over Bottles, ou Barras ao invés de Garrafas em tradução livre), com a missão de ser zero plástico e ter o menor uso de água possível. A empresa nasceu em 2019, com investimento próprio.

"Nossa ideia era criar uma marca que reduzisse o impacto ambiental. Vimos o quanto de lixo o varejo e a indústria geram, e não queríamos algo parecido. Além disso, em média, 80% do volume do xampu líquido é água consumida na cadeia de suprimentos", diz Falzoni.

Segundo o executivo, a partir do entendimento do produto que seria desenvolvido, foi preciso estudar o mercado por cerca de dois anos, contratar uma pessoa especialista em química e desenvolver fórmulas para xampu e condicionadores em barras. "O desafio era pegar algo artesanal e desenvolver em escala industrial. Paramos quatro vezes em 2020 pelo desafio de ter insumos e manter a linha de pé", diz Quercia.

Os executivos entenderam ainda mais o que buscar e onde fazer, tendo uma fábrica parceira e um galpão terceirizado onde as pessoas trabalham a partir do desenvolvimento da B.O.B. "A receita, formulação e método é nosso".

Entre os processos, os parceiros seguem à risca o não uso de plástico, adaptando processso logísticos e escolhendo, por exemplo, o algodão semi cru como insumo. Assim, segundo cálculos dos executivos, em dois anos de empresa, já foi compensado o uso de 2,5 milhões de garrafas plásticas.

Além disso, as mídias sociais foram essenciais para tornar a marca relevante ao público -- majoritariamente feminino, que vive nas grandes capitais, e tem entre 25 e 35 anos. Antes mesmo de lançar o primeiro produto, a B.O.B já alimentava um canal no Instagram com conteúdo sobre a importância da sustentabilidade nas escolhas de compra.

"Começamos o perfil um ano antes de ter o produto, e quando o lançamento já tinhamos 30 mil seguidores. O público aceitou bem a novidade após acompanhar a narrativa sobre poluição plástica e sustentabilidade, o que validou a demanda e aprimorou o conceito", diz Falzoni.

Com o resultado, em fevereiro, a B.O.B recebeu um aporte de valor não revelado do Grupo GHT4, um Multi Family Office fundado pelos empreendedores Caio David, Guga Valente, Laércio Cosentino e Rodrigo Vella.

Com 55 funcionários, a B.O.B hoje tem tíquete médio de 100 reais e fatura cerca de 25 milhões de reais. Para 2022, o plano é continuar crescendo ao expandir a base de clientes, bem como a linha de produtos, adicionando itens de cuidados para a pele, como hidratantes em barra, e cuidados íntimos.

"Vemos as marcas tradicionais perdendo mercado para as novas, independentes, e que tem um propósito sustentável. Fazemos parte deste segundo tipo de empresa e temos uma grande oportunidade de crescer conforme os consumidores aumentam sua consciência", afirma Quércia.

Acompanhe tudo sobre:CosméticosEXAME-no-Instagramhigiene-pessoal-e-belezaPlásticos

Mais de ESG

IBGE: quase 90% das empresas tiveram alguma prática ambiental em 2023

ISA CTEEP apoia novo projeto de créditos de carbono para preservação de 40 mil hectares na Amazônia

Crise climática: as capitais brasileiras há mais tempo sem chuvas

Eventim e TNC se unem para restaurar biomas degradados e gerar renda para povo indígena Xavante