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A rede Assaí buscou soluções sustentáveis em mais de 17 países para gerar uma economia significativa e reduzir seu impacto ambiental (Casino/Divulgação)
Repórter de ESG
Publicado em 7 de janeiro de 2025 às 11h05.
Última atualização em 7 de janeiro de 2025 às 11h12.
Em tempos de escassez hídrica, reduzir o consumo e o desperdício pode ser um diferencial do negócio. Em 2024, a rede atacadista Assaí economizou 373 milhões de litros de água ao ao implantar tecnologias de eficiência hídrica desenvolvidas pela W-Energy e garantiu uma redução de 38% na conta mensal. A economia representa o equivalente a 150 piscinas olímpicas por ano.
O projeto começou em 2021 e já contempla 130 unidades do Assaí com dispositivos que reduzem em até 96% o consumo de água em torneiras, chuveiros e sanitários.
São eles: arejadores de vazão de água, reguladores de vazão, atomizadores, jet sprays, duchas ecológicas, pulverizadores e dual flushs, manual e infravermelho, todos importados da Alemanha, EUA e China e que reduzem o desperdício sem prejudicar a eficiência.
Os equipamentos sustentáveis são populares em regiões onde a economia de água é prioridade, segundo a W-Energy. Wagner Cunha Carvalho, CEO da empresa, afirma que a solução é capaz de economizar até 10 litros de água por minuto.
“Essas tecnologias permitem a redução significativa do consumo, ajudando empresas e a sociedade a enfrentar os desafios da gestão hídrica. Além de ajudar o meio ambiente, alivia o bolso dos consumidores e contribui para reinvestirem em outros setores que precisam de atenção”, disse em nota.
O gerente de projetos do Assaí, Lucas Attademo, destaca que a iniciativa está alinhada à estratégia de sustentabilidade da rede. “A parceria está sendo fundamental no uso consciente dos nossos recursos", destacou.
Além dos dispositivos, a W-Energy utiliza monitoramento de água com tecnologia IoT, identificando vazamentos com métodos semelhantes à endoscopia e treinando equipes para adotar as práticas mais sustentáveis.
Dados do Instituto Trata Brasil revelam que 37,78% da água tratada no país é perdida antes de chegar ao consumidor final. Isso equivale a 7,6 mil piscinas olímpicas de desperdício diário. Projeções da ANA indicam que, até 2040, a disponibilidade hídrica em bacias do Norte, Nordeste e Centro-Oeste pode cair mais de 40%.
Para Carvalho, o cenário exige ações urgentes e a gestão pública falha em prevenir crises e otimizar recursos. “Além da falta de chuvas e de investimos públicos, hoje o despejo de dejetos, somado a outros poluentes como óleo de cozinha, entulhos e medicamentos, exemplo dos antibióticos, atraem animais como ratos, transmissores de doenças e tornam as bactérias da água mais resistentes, que juntos causam um colapso no sistema hídrico do Brasil”, explicou.
Embora as tecnologias verdes possam ser aliadas frente à crise hídrica, os executivos reforçam a necessidade de políticas públicas mais robustas.